Uma pessoa inesperada. (cap.57)

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   — Você fez certo, era muito perigoso ela vir. — Daniel diz ao pegar a irmã dele no colo.

   Depois de um tempo, caminhamos até o carro e como não dava todo mundo no mesmo automóvel, eu, Daniel, Sophia e Malu vamos no carro do meu pai, enquanto Kevin vai no carro do pai dele.

   — Eles conseguiram encontrar o Carlos, a Victória e o Erick? — pergunto ao colocar o cinto de segurança.

   Eu, Sophia e Malu estamos sentadas no banco de trás, e Daniel no da frente, ao lado do meu pai.

     — A Victória e o Erick foram presos novamente. O Carlos está no hospital. — Meu pai responde ao dirigir o carro.

   — Ele está bem? — pergunto um pouco aflita.

   Estou sentindo um sentimento que eu nunca tinha sentido antes. Me sinto culpada pelo que aconteceu com o Carlos, apesar de eu ter feito aquilo para me defender.

   — Está. Foi só um corte superficial, mas se os policias demorassem mais um pouco para chegar, poderia ter infeccionado, aí sim poderia ter acontecido algo grave com ele. — Meu pai responde.

   O tempo vai passando e eu fico pensando em tudo que aconteceu ao olhar pela janela do carro.

   Meu pai pede para que eu lhe conte tudo o que aconteceu. Faço o que ele pede e Daniel me ajuda a contar os fatos.

   "Será que o Carlos está realmente bem?"

   É nisso que eu penso a todo instante. Estou muito preocupada com ele. Me sinto uma idiota por estar sentindo isso. Aquele cara não merece nem minha pena, mas não consigo evitar.

   — Nós estamos indo para casa, titio? — Sophia pergunta.

   — Não, querida. Nós vamos primeiro ao hospital. Preciso saber se você, a Malu e o Kevin estão realmente bem. — Meu pai responde ao frear o carro. — Já chegamos.

   Descemos do carro e entramos no hospital. Kevin também chega logo em seguida com o pai dele. É o mesmo hospital em que eu estive quando fui sequestrada da última vez.

   Daniel dá a mão para mim. Olho para o meu pai e vejo que está nos olhando de uma maneira estranha, então, eu solto a mão do Dani.

   Subimos juntos no elevador e assim que chegamos no terceiro andar, encontro a mesma enfermeira que me atendeu quando estive aqui.

   — Oi, Evellyn. Tudo bem? — Ela pergunta assim que me vê.

   — Agora sim. — respondo sorrindo.

   — Que bom! — Ela cumprimenta o meu pai e o Diego. — Vamos crianças? A doutora está esperando vocês.

   Kevin, Malu e Sophia dão a mão para ela e caminham até uma sala.

   — Filha, nós vamos até a lanchonete, você vem? — Meu pai pergunta.
 
   — Não, eu vou ficar esperando vocês aqui. — afirmo ao me sentar em um sofá na sala de espera.

    — Tá bom, eu vou trazer algo para você comer. — Ele diz ao caminhar junto com o Diego e com o Daniel até a lanchonete.

    Olho em volta e vejo uma movimentação um pouco estranha. Tem muitos policias circulando por aqui.

   Alguns minutos se passam, então vejo a enfermeira novamente.

   — Por que tem tantos policias aqui? — pergunto para ela.

   — É que um dos homens que te sequestrou está aqui, mas não precisa se preocupar, ele está sendo vigiado. — Ela responde sorrindo.

   Com certeza é o Carlos, ele é o único que, segundo meu pai, está em um hospital. Eu preciso vê-lo, ter certeza que ele está bem, ainda estou me sentindo muito culpada por ter feito aquilo com ele.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora