4°Capítulo.

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Anne narrando.

Como assim hoje?!
Eu tinha que pelo menos ter um tempo pra estudar mais meus livros, pensar numa forma de conseguir isso mais rapido que o normal...
Não debati com ele, me dei por vencida e aceitei o trato se direcionando até minha sala!
Entrei e conversei com um dos policiais, ele perguntou se queria que 3 policiais ficassem dentro da sala, porque aquele presidiário era muito perigoso.
Neguei!
Tenho que passar confiança pro cara, como vou deixar ele tranquilo, cheio de policial aqui dentro?!
Jamais!
comecei a mexer nos meus papéis, pensando em um jeito de solucionar isso rápido.
Minha sala era de frente pra um corredor, todos tinha que passar por ali antes de entrar aqui dentro.
Até que vi um movimento muito grande.
ENORME na verdade.
Do final do corredor, vinha uns 10 polícias, cercando um cara só.
Ele estava algemado, mas mesmo assim tinha um polícial de cada lado segurando seus braços.
Ele olhava pro chão, cara totalmente fechada.
Conforme ele ia se aproximando, eu via sua feição totalmente, fechada, revoltada..
Subiu um frio por minha espinha e eu me arrepiei todinha em questão de segundos.
Foi o tempo de ele parar em frente a porta da sala e os policiais abrir pra ele entrar.
Quando ele entrou, olhou pra minha cara sem levantar a cabeça.
Eu nunca vi, um olhar tão frio, revoltado, me transmitia muito ódio!
E pela primeira vez eu fiquei com medo no meu trabalho, mesmo estando cercada de policiais.
Sentaram ele na cadeira e ele olhava pro chão a todo momento.
Algemaram seu pé grudando-o na cadeira.
Assim que terminaram ficaram parados em pé em volta dele.
Anne: podem se retiram, nos deixe sozinhos. -falei passando uma certa confiança pros policiais. Foi o que eles fizeram.. se retiraram!
Mas minha maior vontade era que eles ficassem, porque eu estava morrendo de medo daquele homem, sem ele nem ao menos ter se manifestado.

Os policiais fecharam as portas.
E eu gelei ali, eu não podia mostrar a ele que eu estava com medo, insegura!
Isso é uma coisa que não pode acontecer, de geito nenhum, na minha profissão.
Abri minha gaveta e peguei a ficha dele, que estava fresquinha porque acabou de chegar junto com ele do outro presídio.
Anne: Boa tarde.. - ele continuou calado olhando pro chão - você é o Adrian... -ele não deixou eu terminar o nome que eu lia na ficha.
Farinha: Adriano não. - que voz grossa, tremi na hora.- Farinha.
Anne: é... Tudo ok então Farinha, você está preso a quanto tempo?! - ele continuou calado, olhando pro chão e respirando ofegante, tava na cara que ele tava se extressando sem eu nem ao menos ter feito nada. -Tem como você me passar umas informações sobre você? Quanto tempo tá preso, as cadeias que você ja frequentou.. o que você sente dentro delas, eu posso te ajudar. - pela primeira vez ele levantou a cabeça pra me olhar, e quando me olhou, lançou um olhar diferente, não sei traduzir.
Farinha: tem tudo isso na minha ficha, quer que eu diga pra tú, pra que?! -Falou totalmente ignorante.

Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora