44°Capítulo.

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Anne narrando.

O dia amanheceu e aquele sol lindo, na manhã de sábado me deixava animada.
Graças a DEUS esse final de semana eu tô de folga, não vou precisar ir pra aquele presídio, mas só de pensar que vou te que ir pro aniversário do filho do Farinha, já me bate um desânimo.
Saber que vou ter que dá de cara com aquela mulher dele, que me odeia por motivos desnecessários me dá um certo nojo da convivência que não quero ter ao lado dela.
Dei os remédios certos pra minha mãe e ela foi pra casa de uma colega almoçar.
Liguei pra minha amiga, a Raissa!
Chamei ela pra ir almoçar num restaurante no centro da cidade ela topou na hora.
Fui me arrumar e meu celular começou a tocar.
Atendi.
Anne: Alô?
Vanessa: Oi Amoree, tudo bem? -escutei aquela voz doce e conhecida soar.
Anne: vanessaaaa -Falei animada -tudo sim e você? Como o Farinha tá? -perguntei.
Vanessa: estamos ótimos. Só liguei pra saber se você vai vir mesmo hoje pro aniversário do meu neto?! Vou deixar uma vaga no estacionamento exclusiva pra você.
Anne: vou sim, faz parte do meu trabalho também comparecer para vê o comportamento do Farinha, Me manda a localização do salão e assim que eu chegar te ligo.
Vanessa: ok, vou te esperar viu?
Anne: espera mesmo, que horas começa?
Vanessa: 19 horas.
Anne: ok. Beijos!
Desliguei e terminei a me arrumar.

Evelyn narrando.

Acordei realizada e feliz.
Olhei pro lado da cama e vi meu amor dormindo, abraçadinho com o Nosso filho Léo.
É hoje o grande dia.
Mas um ano se passou e graças a Deus tô com meu marido do lado pra finalmente fazer o aniversário do meu piqueno presente,eu não tava aguentando mais a dor da ausência de não ter meu marido ao meu lado no dia a dia, mas é o preço que se paga por essa vida que ele leva.
O preço que se paga por eu não poder ter meu marido para ir no mercado fazer comprar comigo, como uma família normal.
O preço que se paga por meu marido não poder ir ao shopping com nosso filho.
O preço que se paga por meu filho não poder crescer com o pai o levando na escolinha todos os dias, igual as outras crianças.
O preço que se paga e ele tá pagando até hoje prezo em uma cadeia.
Esse é o preço, e tem muito, muuuuito mais.
Observar eles dormindo juntinhos, e eu sorrindo que nem boba.
Acordei eles, enchendo de Beijos, e a minha sogra entrou no quarto e se deliciou com a cena.
Eu estava sorrindo com os olhos, com a boca e com a alma!
Eu queria eternizar esse momento, e vai ser eternizado, pelo menos na minha memória.
Depois da minha sogra fazer o maior charme com o Farinha e o Léo descemos pra tomar café e já começamos o dia cantando Parabéns pro meu bebê.
4 anos.
Como o tempo passa, não é?!
Eu preciso criar essa criança no caminho certo, não quero sofrer igual vejo a Vanessa sofrendo todos esses anos.. me dói a alma!
Comemos bolo, torrada, misto, e tudo que tínhamos direito.. tava um calor daqueles, eu queria muito ir pra praia, mas sem o Farinha não dá né?!
Evelyn: vai amor... Vamos com a gente, prometo que a gente não demora, aproveita que da pra você ir tranquilo. Já que você tá de saidinha não tem como nenhum cana, embaçar na sua.

Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora