57° Capítulo

21.2K 1.8K 74
                                    

Vanessa narrando.

Confesso, que dessa vez fiquei muito bolada com o Farinha!
Porra.. ele não faz uma pra animar a Evelyn, vive preso, e quando tem saidinha mete o pé no mundo, não dá nem uma assistência pra mulher.
Que isso cara?!
Assim não dá né...
Quase chorei junto com ela.
Sempre falei pro Farinha que antes vem a de casa,  e depois as da rua!
Ele nunca me escuta,um dia ele vai pagar pra vê.
Tenho certeza que ele tava com a Anne, porque o segurança viu eles saindo juntos dentro do carro dela,nem falei nada pra Evelyn pra não magoar mais a garota!
Depois da maior DR que eles tiveram, acho que se acertaram, porque os gemidos do corredor de cima eram altos, e eu não vou ficar aqui com meu neto,ouvindo a foda do meu filho com minha nora né?!
Sai fora.
Peguei o Léo, fiz uma mamadeira e coloquei umas roupinhas dele na bolça, liguei pra minha amiga pra encontrar a gente num barzinho, a única parceira q que tenho na favela é ela, porque amiga aqui é pior que cobra, e essa me fortaleceu desde os 15 aninhos até a faxetaria dos 40 que estou agora.
Coloquei o Léo  na cadeirinha no banco de trás do carro e dei partida.

Assim que estacionei em frente, ela já estava lá sentada na mesinha do lado de fora, era final de tarde ainda... Então o clima tava super bom, tinha um pessoal, mas nada muito lotado, claro porque não vou levar meu neto pra furdunço!
Sentei com ela, e Samuca tava junto,  é filho dela, tem 5 aninhos, ficou brincando no canto junto com o Léo.

Érica: eae, oq rolou ontem depois da festa?! Evelyn tava com o maior carão quase chorando. -falou enquanto esperávamos os pedidos.

Vanessa: af nem me fale, ele só chegou hoje de manhã quase 10 horas acredita?!

Érica: Farinha não tem jeito!

Vanessa: não tem Érica, o pior é que nem a Evelyn tem.. Tudo bem que hoje ela foi bem rude com ele, coisa que nunca foi. Mas já tá lá fudendo com ele, sai de casa pro quarto deles não desmoronar em cima de mim. -revirei os olhos.

Érica: eu nem falo nada né?! Já fui igualzinha, olha minha cria aí. Tá com 5 anos, desde quando eu tinha 17 eu era igual a Evelyn,  tomei vergonha na cara depois do meu último filho e larguei aquele infeliz, que até hoje me ameaça e inferniza minha vida.

Vanessa: pois é... tomara que ela não seja igual você,  perca a vida toda com um otario e a ficha só caia, quando for tarde demais! Tudo bem que não estamos tão velhas como deveríamos, se cuidamos. Imagina se fossemos velha acabada, e eles lá até hoje fudendo as novinhas.

Érica: aí menina... nem me fale! Agora mudando de assunto.. ele tá comendo aquela loirona né?! - balancei a cabeça afirmando e ela levou as mãos até a boca.
Na mesma hora meu celular apitou chegando mensagem, olhei no visor.

Anne Oliver: - Oi Dona Verônica, meu chefe tá enchendo minhas paciências pedindo pra eu ir verificar seu filho,  e preciso que vocês assine uns papéis da vítimas também, posso ir aí?!
Vanessa: pode vir querida. Tô num barzinho aqui na favela mesmo, tô enviando a localização. Me encontre aqui.

Enviei e sai do whats.

Vanessa: ih essa não morre mais... acabou de mandar msg! Tá vindo pra cá.

Érica: que bom, quero conhecer a causadora de discórdias no casamento do meu afilhado.

Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora