Anne narrando.
Sai do presídio e fiquei o resto da noite no hospital com minha mãe.
O médico disse que ela tava quase entrando em depressão, por não está tendo muito atenção e outras coisas.. mas gente, eu trabalho!
Não tem como eu parar minha vida, eu trabalho pra sustentar ela e minha vida.
Cheguei em casa 1 hora da madrugada.. e tenho que acordar 4 pra ir pro presídio!
Ô vida difícil...
Dei os remedio pra minha mãe e fui pro meu quarto, tomei um banho e capotei...
Acordei com o celular dispertando, se eu fechasse os olhos mais uma vez, eu iria perder a hora na certa!
Levantei me arrastando e tomei um banho geladasso.
eu acordava ou acordava!
Fui até o quarto da minha mãe e ela dormia, peguei mais uma coberta e joguei em cima dela, a cobrindo.
Sai de casa atrasada depois de tomar café!
Cheguei no presídio entrando pelos fundo, passando pela revista individual dos funcionários.
Fui pra minha sala, peguei a ficha do Farinha e os documentos do filho dele.
Fui até a sala do Ronaldo, vou falar com ele agora..
Dei três batidas e ele olhou pela janela de vidro blindado.
Apertou um botão ao lado da mesa dele, e a porta cheia de travas se abriu.
Entrei e comprimentei ele com um aperto de mão.
Ronaldo: eai.. Como tá se saindo com o paciente?
Anne: vim falar dele pra você!
Ronaldo: pode dizer -largou os papéis na mesa e me encarou.
Anne: tá tudo se saindo muito bem! Já tenho algumas informações, mas só vou passar pra você no final. Só que pra ele soltar mais coisas, preciso comperar com ele, ajuda-lo...vai ter aniversário do filho dele -entreguei os documentos nas mãos dele. - eu preciso que você de uma saidinha pra ele.
Ronaldo: não.. saidinha não!
Anne: Ronaldo, eu preciso disso pra concluir a missão que você me passou!
Ronaldo: como isso me garante que ele vai voltar?!
Anne: eu posso ficar próximo dele. -ele ficou quieto, só me olhando por um bom tempo.
Ronaldo: só 3 dias.. no máximo! -sorri por dentro.
Anne: tudo bem...Fui pra minha sala!
Resolvi alguns papéis pra eu passar pra Rosana, ela que estava atendendo os presidiários que eu atendia.. Então tem que tá tudo com ela!
Olhei no relógio e já era 9 da manhã, visita já começou faz tempo e eu aqui..
Fui pro pátio e tinha vários presidiários pedalando, e as visitas entrando e se encontrando com os presos.
Assim que fui vista por alguns pacientes meus, eles se aproximaram e perguntaram porque eu não estava mais atendendo eles..
Farinha: pensei que não ia aparecer. -escutei uma voz se aproximando de mim, quando virei era ele.
Anne: me atrasei um pouquinho! -falei e me distanciei um pouco dos outros presos, e comecei a andar pelo pátio conversando com o Farinha.
Farinha: tudo certo pra sexta? -falou olhando pro chão. Olhar baixo, como sempre!
Anne: sim.. manda seus familiares vir te buscar sexta 9 horas da manhã!
Farinha: não vejo a hora... -falou com esperança no olhar, e eu sorri só de pensar.
Anne: vai dar tudo certo.
Farinha: papo reto Anne.. eu espero que tu não esteja de traíragem comigo, papo retão! -falou olhando no fundo dos meus olhos, e eu me arrepiei todinha.
Anne: você acha que se eu estivesse de traíragem contigo, eu estaria te ajudando? -ele ficou quieto só me encarando, e fiquei com medo só de lembrar que um dia ele vai descobrir tudo.. -Vamos mudar de assunto. Qual é o primeiro lugar que você vai? Quando sair daqui..
Farinha: vê meu filho. -falava com os olhos brilhando.
Anne: você é louco por ele né? -sorri.
Farinha: louco é pouco.. -falou coçando a cabeça, e percebi que pela primeira vez estávamos conversando sem algemas..
Anne: olha eleee, tá sem algemas hoje! -falei reparando e rindo.
Farinha: livre pela primeira vez do seu lado -falou e soltou um riso baixo, isso é ser livre pra ele..
estar sem algemas ao lado de pessoas inocentes.
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Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA)
Teen FictionAnne, é psicóloga juridica. (Psicologa de presos) começou a atuar nessa profissão nao tem muito tempo,porém, é muito profissional no que faz em serviço. lutou muitos anos pra conseguir chegar onde queria, e quando conseguiu continuou a batalhar para...