82° Capítulo.

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Anne narrando.

Corri pra infermaria do presidio e ele já não estava mais lá...
a moça me informou que ele tinha sido enviado pro hospital mais próximo da avenida!
Sai do presídio, e entrei no meu carro dei partida o mais rápido possível..

Cheguei no hospital da primeira avenida,estacionei e entrei no local, nas cadeiras de espera já avistei a Vanessa chorando e ao seu lado a Evelyn a consolando, mas com lágrimas nos olhos também.
Me aproximei e a Evelyn me viu, fechou a cara e cutucou a Vanessa que logo me olhou, levantou rápido e me abraçou...

Vanessa: o que houve? O que aconteceu com ele pelo amor de Deus?! Me fala que não é nada demais, por favor.  -implorava chorando em meu ombro. 

Anne: eu não sei Vanessa, eu cheguei agora, tô indo vê-lo. -retribui o abraço fraco, e me distanciei.

Não tava aguentando a Evelyn me encarar... Af!  Que garota insegura com a vida....
Fui até a recepção e passei o nome do Farinha completo, seus dados com a Ajuda da Vanessa.
Ela só liberou minha entrada pelo motivo de eu ter a caterinha do presídio e tá constando que tô aqui pra trabalho.

Deixei a Vanessa pra trás e entrei em um corredor enorme, cheio de gente machucadas, chorando de dor, sangue escorrendo. 
Odeio hospital por esse motivo, pra mim isso é tortura.
Parabéns pra quem quer ser médico ou infermaria, eu já quis ser..mas não tenho moral pra isso... mt foda!
N aguento vê esses corpo aberto...

O número da sala do Farinha era 723, de longe avistei a entrada de uma sala com 7 policiais escoltando.
Já sabia que era ali.....
Me aproximei e já mostrei minha carterinha, eles liberaram minha entrada. 
Passei por eles e abri a porta, lá dentro tinha mais 4 policiais um em cada lado da sala, e um medico atras das cortinas, acho que tava examinando o Farinha, mas logo saiu.

Anne: como ele tá? -perguntei desesperadamente e um dos policiais me olhou estranho, me recompus e fingi n ligar.

Medico: péssimo! Não sei quando vai acordar, nem como irá acordar e nem se vai acordar. - Disse friamente, com certeza por estar atendendo um presidiário,  virou as costas e saiu da sala.

pedi pros policiais se retirarem e foi o que fizeram.
Fiquei sozinha ali...
Puxei aquela cortina branca em volta de uma maca e lá estava ele...

Na hora meu coração apertou... levei as mãos até a cabeça e apertei os olhos.. Me aproximei devagar e toquei em sua mão...
Ele estava de olhos fechados, não sei se dormia ou ainda se encontrava desmaiado.
Ele já estava de curativo em algumas partes do corpo, e uma máquina o ajudando a respirar.

Anne: cara... o que tu fez?! -sentei numa poltrona ao lado dele, segurando sua mão.

Vê ele assim dessa forma, sem segurança alguma porque sua própria segurança é ele mesmo, totalmente desfalecido, apagado, pálido, sem nenhuma reação e todo machucado.. Não sei o porque fez meu corpo gelar e subir um frio sobre minha espinha.

Acariciei seu rosto e deitei minha cabeça ao lado dele na maca!
Fiquei ali por muito tempo, não sei dizer quantos minutos ou horas.
Não apareceu ninguém,  nenhum médico e muito menos policiais.
Tenho certeza que estão todos escoltando fortemente lá fora e achando que tô aqui pra ajudar eles...
mal sabe que na verdade estou aqui pela emoção, por um sentimento que nem eu sei o que é...
ao invés de estar interrogando o paciente da pior forma.
Estou apenas aqui... deitada ao seu lado, segurando sua mão, e rezando pra ele acordar logo...

🕛😣

Farinha: você era a única pessoa que eu queria que tivesse aqui, quando eu acordasse. -Disse com a voz fraca, baixinho.. mas eu ouvi.
Pensei que era coisa da minha cabeça, não acreditei.
Então tive que levantar para olha-lo.
Quando inclinei a cabeça pude vê seus olhos aberto bem apertadinhos,  ele me olhava, com a cabeça encostada no travesseiro.
Suspirei pesado com alívio, fechei os olhos.

Anne: Graças a Deus!  -sussurrei.

Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora