5° Capítulo.

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Continuação.

Anne narrando.

Anne: não precisa se exaltar, calma! - falei olhando diretamente pra ele.
Farinha: calma um caralho, eu tô ligado que vocês aqui dentro só quer me foderr, mais do que já tô fudido nessa porra! -falou quase gritando.
Anne: farinha, eu preciso que você se acalme pra gente conversar se não fica difícil. Você não conhece meu trabalho, quando a gente conversar você vai ter outra visão sobre mim.
Farinha: porra nenhuma. Quero conhecer ninguém não! Quero sair dessa sala.
Anne: você sabia que passando por aqui, conversando comigo, dependendo do seu desempenho, pode diminuir alguns dias da sua pena. - ele me olhou, e continuava calado, me encarando, olhos fundos com olheiras que significava seus dias sem dormir, mas tinha algo muito...muito forte em seus olhos, eu não sabia decifrar!
Só sei que era um mistério, que eu necessito desvendar...
(...)

Farinha: você acha que eu não tô ligado na fita de vocês aqui dentro né? Breca o freio aê e manda eles me tirar daqui. - ele me encarava, com uma frieza inexplicável.
Eu podia muito bem mandar os policiais vir buscar ele, coloca-lo de castigo, pela forma que ele tava falando, mas se ele ficasse de castigo eu não iria poder tratar do caso dele.
Anne: Farinha, esse é meu trabalho, você participando dele ou não eu vou continuar ganhando meu salário do mesmo jeito, então decida você se vai querer passar comigo ou não, isso te prejudica, não estou aqui pra sua ignorância ou pra voce chegar dizendo que a gente só quer te atrasar. Estou aqui pra lhe ajudar a não cair em uma depressão. Quanto mais ignorancia, vai ir tudo pra sua ficha e eles vao ve a revolta que voce tem.. ou voce acha que eles vao querer da liberdade pra um cara revoltado pra quando ele sair fazer coisas piores?! Aliás, te fiz uma pergunta de quanto tempo voce estava preso, eu sei que esta na ficha, mas preciso dialogar com voce. -Falei rude, porque me extressei mesmo, e ele continuou calado só me encarando e eu encarando ele de volta.
Farinha: não vou conversar contigo. -falou grosso e olhou pro chão.Puta que pariu... esse cara não tem geito mesmo. Vou te que fazer alguma coisa que faça ele falar, conversar comigo.
Peguei a ficha dele, e comecei a passar as folhas. Levantei e fui até o ventilador, liguei o mesmo, e quando voltei pro meu lugar o Farinha tava observando tudo, levantei as mangas da minha blusa, porque realmente esquentou. Minha tatuagem ficou a mostra e o Farinha olhou.
Abaixei a manga da blusa de frio rapido. Sempre esqueço que aqui dentro a gente tem que ser muito reservado, já pensou ele mandar alguém atrás de mim, e dar como referência minha tatuagens?
Tô lascada!
Anne: você gosta de ler livros? Ou algo do tipo que distraia sua mente? - ele não respondia de jeito nenhum, e ainda fez a maior cara de tédio quando fiz a pergunta, que cara abusado. - Tem como você conversar comigo pelo menos? -silêncio mais uma vez, e o olhar do mesmo fitando o chão.

Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora