6°Capítulo.

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Anne narrando.

O dia inteiro com ele na sala não foi produtivo, ficou quieto o tempo todo sem responder minhas perguntas,  e me encarando.
Fiquei bolada, preciso pensar... colocar minha mente em prática pra fazer ele dialogar comigo.
Meu turno acabou e eu fui direto pra casa, exausta e totalmente extressada.
Cheguei e minha mãe estava conversando na sala com uma amiga dela.
muito querida.. que acolheu a gente quando chegamos aqui!
Comprimentei as duas, dei remedio pra minha mãe e coloquei água no fogo pra fazer um chá.
Olhei no relógio e era exatamente 17:40 da tarde.
Tomei um banho relaxante e coloquei uma roupa fresquinha, terminei de fazer o chá e fui pro meu quarto com uma xícara na mão, peguei meus livros da faculdade, comecei vê alguns vídeos ligados a profissão.
Eu preciso só daquele cara pra ter minha vida completa, dar uma vida melhor pra minha mãe, uma boa condição de vida pra mim também!
Mas vou conseguir isso com meu esforço.
O resto da noite foi tranquila, conversei bastante com minha mãe.
Amanhã é sábado dia de visita, trabalho um sábado sim outro não.
Eu trabalho um sábado e a Rosana no outro.
Só que ficamos olhando a reações dos presos com as visitas, e dos que ficam pedalando sem visita nenhuma!
Ou até mesmo tratamos de alguns ali no pátio.
Algo que é muito raro!
Combinei com uma amiga minha de amanhã ir em clube próximo daqui! Faz tempo que não saiu, e minha mãe está bem.. sem crises de saúde, então vou me distrair um pouquinho!
Quando deu 22 horas, fui dormir, tenho que está acordada 4 horas da manhã.
Ô vida...
(...)
Acordei e fiz minha rotina de sempre, dei remedio a minha mae, tomei um banho e me troquei.
Hoje eu tinha que chegar mais cedo, porque era dia de visita a fila fica enorme e muita gente pra entrar. Eu entro por outro portão então é tranquilo!
Assim que cheguei entrei pelo portão dos fundos, fiz uma revista rápida e fui direto pra minha sala, eu nunca ando sozinha aqui.. Sempre tem algum policial na cola.
E perigoso algum preso se manifestar ou algo do tipo!
Mexi em alguns papéis, assinei alguns casos que já tinha sido encerrados, um policial me avisou que as visitas já estavam estranho pro pátio.
Fiquei mais algum tempo dentro da sala e quando deu 8:40 fui até o pátio.
Não faz tanto tempo que estou atuando nesse presídio então só os pacientes que passa comigo, que me conhece, os outros passam com a Rosana. E esses outros mal me olha, porque pensam que eu sou visita de algum preso! Mal sabe eles que, estou aqui pra olha-los.
Conversei com um paciente meu, teve uma hora da conversa que ele começou a chorar, dizendo que não aguentava mais estar aqui e mais uma vez sem visita.
É totalmente tenso uma situação dessa!
Voltei a andar pelo pátio, e avistei o Farinha, mas ele olhava pra sua frente, com esperança no olhar, seus olhos sorriam.
Olhei pra onde ele estava olhando e entendi.
Vinha uma mulher muito bonita, em direção a ele, com uma criança nos braços. Era um menininho, ele saia correndo e pulava no colo do Farinha que se abaixou e beijou o garoto, se abraçavam como nunca.
Farinha olhava pro garoto com um olhar de apaixonado.

Solta o preso,Seu Juiz. (CONCLUIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora