Vick liga para Chris

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Entrei no escritório, aquilo estava fervendo de funcionários, pois cheguei depois das 9 horas da manhã, e todos já estavam em seus postos trabalhando, telefone não parava de tocar, teclados sendo digitados freneticamente e conversas paralelas sobre artigos, etc...

Entrei na minha sala deixando bolsa e pasta de lado, meu notebook tinha ficado sobre a mesa, corri para ver se conseguia falar com Chris, estava com saudades, iria comunicar a ele que estaria em La Vernése para uma filmagem, queria vê-lo para uma conversa definitiva.

Liguei o aparelho, esperei o programa ficar online.

Oi... - Disse vendo a cara de sono de Chris. - Meu Deus!... Eu estou acabando com você! - Ri me sentindo compadecida.

Vale a pena em te esperar. - Ele sorriu depois de bocejar. - Como está sendo a visita do seu amigo ilustre.

Bacana... - Me limitei. - Como está sendo sua semana com sua irmã.

Me colocando louco... não para quieta, fala pelos cotovelos. - Ele passou a mão pelo rosto.

Imagino que a paz não está reinando em seu apartamento silencioso.

Pior que não... Agora pouco a rapaziada foram embora, tenho garrafas de cerveja para todo o lado. - Ele torceu a boca. - Tenho uma novidade.

Ah... Qual é!? - Adoro quando ele tem novidades para me contar.

Em três semanas estarei em Nova York... - Chris levantou os braços comemorando.

Eu quase gritei de felicidade, tapei a boca e gritei abafando com minhas mãos.

Que bom, vamos ficar juntinhos... por quanto tempo vai ficar comigo?

Quem disse que vou ficar com você? - Ele falou sério, eu quase tive um infarto, ele começou a rir. - Estou brincando, estou indo justamente para ficar com você, teremos duas semanas de folga, já comprei a minha passagem.

Quase mato você, Christian Garrel... - Fiz um bico de brava. - Eu quase acreditei no que disse.

Não fique com raiva, eu só queria brincar com você, sabe que gosto de te ver brava.

Sei! - Estreitei os olhos para ele. - Vamos ter uma longa conversa.

A última coisa que quero é conversar. - Chris riu malicioso.

E você pensa que eu vou ficar a sua disposição?

Eu sei que vai... - Ele se remexeu de um jeito que sabia que estava excitado, gargalhei só pensando no quanto iriamos nos divertir.

Nossa conversa foi longe, mesmo entre um telefonema e outro, conseguimos ter uma conversa mais longa, a despedida foi outra coisa difícil.

Estar apaixonada era isso, no começo você não quer se desgrutar, tudo é dolorido, tudo é saudade em dobro, amor em dobro, sexo em dobro, orgasmo em dobro.

Dei risada com aquele pensamento, a sete anos não sabia o que era estar apaixonada intensamente.

Por duas semanas ensaiei na frente do espelho como iria começar a minha conversa com Chris, me olhava no espelho e começava o meu discurso, depois mudava, pois não queria soar como vítima, ou tentar me justificar, e no fim, eu me sentia cada vez mais insegura para falar o que era necessário.

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