Monika recebe uma visita surpresa

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Monika Brumi

Quinto mês de gestação, eu me sentia na beirada do precipício, onde as confusões de sentimentos gritavam dentro de mim, Agatha me pegou várias vezes chorando escondida, abraçada ao travesseiro, parecendo uma adolescente de 18 anos, eu sentia falta de uma mãe que pudesse me amar e ajudar naquele momento tão difícil.

Então um belo dia, estava eu na minha cama dormindo e sinto que alguém subia na minha cama, deitando atrás de mim e se aninhando em minhas costas, pelo cheiro eu sabia quem era, seu braço pesado me cobriu apoiando a mão na minha barriga, senti que fungava atrás de mim e com ele eu também chorei.

Me virei para ficar de frente para Louis, rimos entre lágrimas, acariciei seu rosto com ternura, era bom ver alguém conhecido.

- Por que não me ligou se estava em apuros, sua amiga me ligou pedindo ajuda. - Ele me deu um beijo na testa. - Saia dessa cama, vamos tomar um sol e caminhar um pouco, isso que está fazendo com você não faz bem ao bebê.

- Eu não sei o que fazer... Eu não sei como vai ser a minha vida. - Disse me aninhando ao seu peito. - Ele foi embora!

- Mas eu estou aqui, Monika... Pare de ser criança e infantil. - Ele me afastou para olhar para mim. - Você não é essa pessoa frágil e doente... Você é forte e não precisa daquele moleque para ter seu filho.

Pisquei várias vezes para ele, concordei com a cabeça.

- Vamos andar um pouco, a três dias não sai dessa cama, está entrando em depressão, isso não é bom.

- Vou matar a Agatha por te incomodar desta forma, não precisava ter vindo.

- Eu precisava vir para os últimos ajustes, estranhei que não foi você que me ligou, Agatha tentou de todas as formas não falar o que estava havendo.

- E você a pressiona... E ela solta tudo!

- Basicamente isso! - Ele riu. - Monika... Se case comigo, me deixa cuidar de você e do bebê?

- Há, Louis, você sempre tão apaixonado, tão querido. - Suspirei olhando para aqueles olhos azuis. - Me casaria com você, mas não porque está com dó de mim e por eu estar gravida.

- Então case-se comigo porque eu amo você e amo essa criança que está se mexendo. - ele riu colocando a mão na minha barriga. - Case-se comigo, porque eu quero te dar a segurança de uma vida a dois, com muito amor e respeito.

- Mas eu não te amo. - Disse sabendo que o magoava dizendo isso.

- Vai aprender a me amar de alguma forma, Monika... Você fez isso uma vez, pode fazer de novo.

- Eu não quero parecer desesperada, muito menos ser chamada de aproveitadora.

- Não é nada disso Monika, não vou obrigar você a morar comigo, posso muito bem me mudar para cá e viver com vocês, depois a vinícola está com um ótimo administrador, posso ficar 15 dias lá se for preciso e o restante com vocês, só me dê uma chance de te fazer feliz, abra o coração para quem realmente te ama e te respeita.

- Vamos caminhar e me deixe pensar nisso?

Louis concordou, nos levantamos, me troquei e ele ficou fazendo elogios de como estava bonita grávida, mas a cara de choro não combinava, descemos para a rua, caminhamos até o central Park, passamos a conversar, contei a ele que fui a Paris, procurei pelo pai do bebê, ele precisava saber da gravidez, mesmo que não fosse ficar comigo, tive uma discussão horrível com Emma que estava lá, ao sair, tive que ir para o hospital com sangramento, perdi o celular.

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