Convite para morar em La Vernèse

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Olhei para meu filho que brincava com sua irmã sentadinho no tapete fofo, os dois se deram bem logo de cara e não queria separa-los, olhei para Louis que estava de braços cruzados, com cara de quem dizia que estava louco para ir embora, não sabia o porque estava lá.

Respirei fundo e olhei para Christian, ele estava com os olhos grudados em mim, parecia em suplica para que eu desse uma chance para ele. Aquilo era uma tortura sem fim.

- Me diz como está a sua vida e o que pretende fazer? - Tomei meu lado profissional para poder levar aquela conversa adiante, pois era o que tina ido fazer.

- Vou vender a marca e o Box... Não tenho como custear e manter.

- Quando custa um espaço no carro para mais um logotipo patrocinador.

-  É caro, mas apenas a sua marca não paga nem os mecânicos, esqueça. - Ele disse se aproximando. - Eu só gastei dinheiro, venci poucas corridas... Depois que a deixei, não consegui uma boa posição e só fiz burrada.

- Falando assim, até parece minha culpa.

- Não... você não teve culpa. - Disse ele tocando no meu rosto. - Eu sim... fiz besteiras.

- O que pretende fazer depois de vender tudo? - Olhei par ao apartamento. - Isso custa muito caro para manter, você está num ponto privilegiado de Paris... a três quadras da torre Eiffel.

- Custa caro, mas geralmente alugo. - Ele sorriu.

- Vai manter o apartamento... - Olhei novamente o apartamento. - Eu alugo ele... E te empresto minha casa em Lá Vernèse se quiser, não vai gastar com aluguel, Daniel terá a irmã por perto... Louis pode precisar de você na fazenda.

Os dois se olharam, Louis quase enfartou.

- Temos que ajuda-lo. - Disse calma. - Não podemos esquecer que Daniel é filho dele, e olha pra ele Louis... Ele gosta de Paloma.

Louis olhou para os dois, sorriu amável, voltou a me olhar.

- Eu não sei... O que menos quero é esse cara perto de nós.

- E eu quero Paloma parto de nós. perto de Daniel, quero que os dois cresçam juntos. - Fui até ele e me abaixei a sua rente. - Isso não é pedir demais... E é com você que estou casada, e vamos continuar assim.

Louis apenas sorriu triste, passou a mão no meu rosto e me puxou para um beijo, eu sei que ele estava mostrando quem é que mandava no meu coração.

- Tudo bem... Eu vou precisar de alguém... Mas eu não sei porque quer o apartamento?

- É um espaço ótimo para um escritório, um estúdio de fotografia... as paredes de tijolinho a vista é ótimo para fotografar. - Sorri amando as ideias que pipocavam na minha cabeça.

- Eu não disse que iria alugar e sair daqui.

- Está em suas mãos, Chris... - Me levantei. - Agora precisamos ir... Estaremos em Lá Vernèse, você sabe onde nos encontrar... Tome sua decisão com calma, não quero que faça nada precipitado.

Me aproximei dele, segurei suas mais e o olhei sorrindo.

- Pense no quanto será bom ficar perto de Daniel, ver seu crescimento e com calma contaremos a ele quem realmente é você, Mas... Louis continuará a dar o sobrenome dele... essa é uma condição que não quero abrir mãos, Chris... Me desculpe, mas eu quero que ele continue com o sobrenome que tem. Louis ama por demais Daniel, o viu nascer, o segurou-o nos braços enquanto íamos para o hospital.

- Isso me magoa!

- Eu sei... Mas o mais importante de tudo isso é que você o ama, pode vê-lo quantas vezes quiser, quando quiser... não vamos impedir isso. - Dei um beijo em seu rosto e me afastei. - Pense... O sobrado está livre...papai voltou para a casa dele.

- Vou pensar. - Seus olhos estavam tão tristes. - Eu amo você, Monika. Só quero que saiba!

- Amo você, Chris... - Sorri mais uma vez para ele e me afastei, indo até Daniel, me abaixei. - Temos que ir meu anjo... Paloma e o Chris vão nos encontrar em alguns dias lá na fazenda.

- Deixa ela ir comigo? - Pediu Daniel olhando para Paloma.

- Ela precisa do papai dela. - Me levantei depois de dar um beijo na pequena.

- Vamos... - Louis deu a mão a Daniel e o colocou de pé, pegou no colo e se virou para Chris. - Não vou me opor ao convite de Monika, estaremos na fazenda se quiser conversar ou tentar.

- Obrigado. - Foi a unica palavra que ele soube dizer naquele momento.

Paloma se levantou e foi ao encontro de Chris que a pegou no colo, seus olhos ficaram grudados em mim, atravessei a porta e antes de fecha-la, mandei um beijo para ele que pegou no ar e levou ao peito.




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