Louis dorme com Monika

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Por fim, acabamos nos dois na minha cama, apenas dormimos completamente chapados.

Acordei de manhã com uma baita dor de cabeça e o estômago revirado, olhei para o lado, Louis dormia apenas de cueca, me arrastei para fora da cama e me fechei no banheiro, não acreditando que o trouxe para a minha casa, e eu e ele dormimos de roupas íntimas.

Ainda bem que Christian estava bem longe e não tinha noção do que eu estava fazendo com um homem, amigo e o meu primeiro na minha cama, meu estômago revirou novamente, só deu tempo de levantar a tampa e por pra fora toda a porcaria que bebi ontem a noite, tomei um banho, escovei os dentes e voltei para a cama.

- Está tudo bem... - Ele me perguntou bêbado de sono, bateu a mão nas minhas costas, ele dormia de bruços.

- Não devia ter bebido tanto... estou com muita dor de cabeça.

- Então volte a dormir... - Louis virou a cabeça para me olhar. - você vomitou em mim ontem...

- Há merda... - Tapei o rosto.

- Acho que minhas roupas já estão secas...

- Volta a dormir e não enche o saco. - Me virei dando as costas para ele.

- Não faz isso... - Choramingou, soltando o ar com força.

- Tira esse olho grande da minha bunda!

Louis riu e se sentou na cama, dando as costas para mim, passando as mãos no rosto, seus cabelos estavam despenteados, era até bonito de se ver, fiquei olhando para ela sobre meu ombro, me perguntando por que não conseguia me apaixonar por ele, o que tinha de tão errado?

- Talvez fosse essa nossa convivência, crescemos juntos, estudamos juntos na mesma escola, o engraçado é que ele foi meu primeiro namorado, meu primeiro sexo, minha primeira dança.

- Gostei do seu apartamento, ele é pequeno, mas tem espaço.

- Por isso não tinha como te hospedar aqui.

- E olha eu aqui. - Ele me olhou sobre o ombro, sorriu. - Vou ao banheiro, Posso?

- Fique a vontade, vou fazer um café e separar duas aspirinas para nós.

Cada um tomou o caminho para um lugar, não sei se é por Louis viver sozinho, mas simplesmente esqueceu de fechar a porta do banheiro, eu podia escutá-lo a cantar no chuveiro, sorri, pois no fim o acompanhei na música francesa que ele cantava (Et Si Tu N'Existais Pas - Joe Dassin).

Louis saiu do banheiro enrolado na toalha abaixo da cintura, deixando seu físico a mostra, cabelos despenteados e molhados, continuando a cantar, veio até a mim, me puxando para dançar aquela música que cantávamos.

- Você não esqueceu a nossa música e acho que está tentando me ganhar cantando-a para mim. - O acompanhei na dança, Louis apenas sorriu e continuou a cantar, Et si tu n'existais pas, Dis-moi pourquoi j'existerais, Pour trainer dans un monde sans toi, Sans espoir et sans regret?

[E se você não existisse, Diga-me porque eu iria existir, Para pendurar em um mundo sem você, sem esperança e sem arrependimento? - Sorri triste. - E se eu não existisse? - Parei de dançar e o encarei.]

Você existe, é real. - Ele beijou meu rosto demoradamente. - Tenho que ir para o hotel.

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