Monika embarca sozinha com Daniel

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Preparei mina mala e de Daniel, já passavam das 21 horas e nada de Louis voltar para casa, meu voo estava marcado para as 22:50 horas, estava em cima da hora e não tinha mais como esperar, pelo jeito Louis deu seu parecer final, provavelmente tinha se cansado daquela vida de casado, enquanto tinha a mentira e os segredos envolvendo Daniel e Cristian estava tudo bem, agora parecia que não existia mais cumplicidade mesmo eu demonstrando o quanto o amava.

Peguei minha bolsa, dentro dela estavam as nossas passagens, levaria a de Louis comigo, caso não aparecesse cancelaria deixando em aberto. Daniel estava sentado no sofá da sala brincando com seu boneco do Toy History, sorri para ele estendendo a mão para me acompanhar.

Saímos pela porta, fechei e tranquei, praticamente estava fazendo tudo lentamente para dar tempo de Louis voltar para casa, mas por fim, já estava entrando com ele dentro do Táxi e indo para o aeroporto.

Puxei o celular queria mandar mensagem para Louis, um lado gritava para não fazer isso, ele quis assim, o outro lado dizia para eu mandar mensagem, mostrar para ele que estava triste por sua decisão que me importava a sua presença, Daniel encarava o celular nas minhas mãos, esperando que eu fizesse a ligação para o seu pai, ele me olhou e sorrimos um para o outro, ele era lindo, não sei como fui capaz de fazer um filho tão doce e bonito assim.

[ SERÁ QUE DÁ PARA DEIXAR DE SER EGOÍSTA E ENTENDER QUE EU TE AMO]

[ DROGA, LOUIS! NO QUERO BRIGAR COM VOCÊ E NÃO QUERO QUE DESISTA DE NÓS]

O taxista parou na porta do aeroporto, desceu e eu e Daniel descemos em seguida, nossas malas foram colocadas no chão, agradeci ao motorista, paguei e entrei com meu filho.

uma hora depois estava dentro do avião pronto para decolar, a dadeira ao meu lado estava vaga, que seria a de Louis, Daniel como sempre grudado na janelinha para ver os outros aviões estacionados ao nosso lado, recostei na poltrona e deixei as lágrimas rolarem de tristeza, decepção e solidão.

Era difícil admitir que amava Louis, era difícil admitir que eu precisava dele, mas também Chris tinha um lado que eu admirava. Talvez fosse sua juventude, sua disposição e o jeito de me fazer feliz, mas nem sempre a felicidade deve ser depositada em apenas uma pessoa, um lugar, um objeto.

Logo estávamos no ar, o avião estabilizado e a tranquilidade entre os passageiros, Daniel se aconchegou em meus braços, recostei a cadeira em posição de dormir, cobri a nos dois e dormimos agarrados um ao outro.

Na manhã seguinte acordo com alguém me cutucando, olhei e era a Aeromoça, sorridente e amável como sempre.

- Coloquei sua cadeira na posição correta, vamos pousar dentro de vinte minutos.

- Obrigada. - Agradeci ajeitando Daniel no meu colo para acorda-lo.

- Quer me dar ele?

Parei o que estava fazendo e olhei para o lado, nem tinha me dado conta que alguém estava sentado ao meu lado.

- LOUIS... - Gritei de raiva por me fazer acreditar que não estaria comigo e de felicidade por estar lá.

- Não grite... - Ele riu.

- Como você entrou no avião?

- Faltavam alguns minutos para fechar os portões, consegui chegar a tempo, mas tive que comprar outra passagem. - Ele riu.

- Seu... Seu... - Dei um tapa em seu braço me sentindo traída. - Estou feliz que esteja aqui.

Puxei ele para um abraço, Daniel reclamou que nós o apertávamos, Louis o pegou no colo, beijou meu menino, seguimos a viagem e ele me explicou tudo.

- Ficar preso no elevador é aterrorizante e o celular é algo que não funciona, eu logo imaginei que iria ficar uma fera por não ter ido para casa... 

- Então foi direto para o aeroporto?

- Isso... Não te liguei, porque quando me tiraram do elevador por um vão, meu celular escorregou do bolso e ficou dentro do elevador... Corri pra conseguir chegar a tempo.

- Eu não trouxe sua mala.

- Tudo bem... Vamos para a fazenda depois que vermos o seu amigo... Lá tem muitas roupas.

Concordei com a cabeça, agarrei em seus braço descansando em seu ombro, o avião desceu até pousar, logo estávamos dentro do táxi indo para o apartamento de Christian.

Nossa chegada foi até engraçado, eu e Louis sorrimos para os repórteres que ali estavam, Daniel foi parar no colo do pai, e eu pedi para que o taxista nos esperassem pelo tempo necessário, já que estava com a minha mala dentro do carro.

As perguntas eram praticamente acusatórias, Louis apertou o botão do apartamento de Chris e um repórter atrevido fez a pergunta enquanto esperávamos para ser atendido.

- É verdade que estão se separando?

- Não!... Estamos bem, muito bem! 

- Se não estivéssemos bem, não estaríamos aqui. - Completou Louis.

- É verdade que a Senhora sempre tem encontros furtivos com o Sr. Christian Garrel?

- Que absurdo... Nicole Garrel trabalhava para uma marca onde ela tem contrato com a minha agencia, depois de quatro anos é que tivemos um encontro profissional, nada do jeito que estão afirmando, isso é até constrangedor e um ultraje a minha pessoa e a do Sr. Christian. Parem de ver pelo em ovo! - Disse já irritada. - Deveriam respeitar as pessoas, nós não somos um pedaço de carne ou uma roupa na vitrine para que possam ficar vendo ou saboreando... - A porta do edifício foi aberta, Louis entrou primeiro. - Porque não vão para suas casas, ficar com suas famílias... Amanhã pode acontecer algo e não vão vê-los mais... Eu quase perdi a minha vida, tenho problemas neurológicos que me impedem de lembrar de muita coisa que vivi, Chris é mais amigo de Louis do que meu... Eu estou aqui em nome da agencia, Louis está em nome da amizade.

- Entre Monika... - Louis pediu.

Dei as costas para todos ali e entrei.

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