Monika passa a noite na casa de Louis

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Me soltei dele saindo do seu colo, olhei pela casa, sequei o rosto, imaginando o que Christian estava fazendo agora, meu medo era dele fazer uma besteira assim como Julian fez, fui até a janela, já estava entardecendo, abracei a mim mesmo e suspirei, o anel de noivado raspou o meu braço e eu o olhei.

- Ele me pediu em casamento... - Disse sem olhar para Louis.

- E é desse jeito que ele te trata... Isso que é amor.

- Não vou condená-lo. - Me sentei numa poltrona, respirei fundo. - Eu tentei contar a verdade, ele não quis ouvir e eu deixei para lá. 

Me sentia tão mal, meu estômago estava revirado, eu me sentia esquisita. 

- Eu devia ter falado.

- É... Devia, mas não falou e agora ele sabe da pior maneira possível.

- Eu devia saber que Emma não ia ficar calada, ela jurou sempre me humilhar da pior forma possível quando eu atravessasse o caminho dela, eu devia saber que me envolvendo... Aliás... eu sabia que me envolvendo com Christian, isso iria acontecer... mesmo se eu contasse a verdade a ele, ela daria um jeito de nos separar. - Olhei para a lareira que estava acesa, respirei fundo. - Foi melhor assim... A nossa diferença de idade, nossos mundos.

- Você o ama? - Louis me perguntou de uma forma sofrida.

- Amo... mais que tudo, mas como eu saí da vida de Julis, eu também vou sair da vida de Christian e para ele vai ser melhor assim, ele vai ter mais tempo para namorar alguém da idade dele, ter filhos no tempo certo.

- Acredito que ele te ama também, não acho que vai demorar para ele aparecer.

- Eu acho que não. - Olhei para Louis, ficamos em silêncio por um bom tempo.

O mal estar foi passando e acho que nos últimos tempos vim acumulando stress e problemas, e sei lá mais o que, Louis por fim me convenceu de ficar com ele aquela noite, descansar num quarto de hóspedes para no dia seguinte voltar ao trabalho, por um lado agradeci por ter me deixado ficar, por outro eu podia estar arrumando encrenca para ele com sua família que morava nas proximidades e que até hoje falam da nossa "atuação" na adolescência, mesmo assim eu não tinha como voltar para casa.

Depois de uma sopa quente, aí que meu mal estar piorou e muito, não disse nada a Louis, mas vomitei e muito aquela noite por conta do stress e a decepção causada por mim mesmo. três meses de amor louco e olha só o que eu ganhei, um bofetão bem dado no rosto, um notebook quebrado e as palavras sobre mim ecoando na minha cabeça.

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