Monika volta para casa doente

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Cheguei em Nova York me sentindo muito mal, tanto emocionalmente como fisicamente, acometida por uma gripe e desânimo.

Caí na cama em prantos, novamente eu estava sozinha e deveria ter escutado a voz da razão e não ter me envolvido e me apaixonado por Christian Garrel.

Três dias depois Agatha estava em meu apartamento, assustada pelo meu estado de espírito, triste, muito gripada.

- Meu Deus, Monika... Por que não pediu ajuda? - Agatha média minha febre.

- Eu estou bem.. - Disse quase sem voz. - Eu tomei um remédio.

- Não... Você não está nada bem... Vamos para o hospital agora.

- Não precisa...

- Cale a boca sua teimosa. - Agatha puxou um casaco pesado de dentro do armário.

Com calma me vestiu, meu corpo doía muito, minha garganta parecia em carne viva.

Dei entrada no hospital sentindo muita cólica, não conseguia entender o porque daquilo se usava DIU, na emergência me queixei da dor.

- Pode ser que tenha saído fora do lugar ou por estar tão debilitada, pode estar com uma pequena infecção... - O médico apoiou a mão no meu ombro. - Deite-se, vamos examiná-la com calma.

- Tudo bem... - Me deitei.

Exames de sangue foram colhidos, e esperava para fazer um ultrassom, e quem vem me atender para minha completa surpresa, foi Oliver, o meu vizinho.

- Não acredito que trabalha neste hospital? - Disse o encarando perplexa.

- Não!... Mas Agatha me chamou para vir te ver, ela está preocupada com você e eu também. - Oliver puxou os exames das mãos da enfermeira que entrava no quarto depois de duas horas, com todos os resultados na mão. - Vamos ver isso aqui...

- Já sei que estou com pneumonia. - Disse relaxando.

- Monika... - Ele torceu a boca. - Que tipo de DIU você usa?

- O que não menstruo.. agora me fugiu o nome...

Mirena... - Ele disse.

Nos encaramos, eu franzi o cenho querendo entender o que tinha de errado.

- Vamos para o ultrassom e tirar as duvidas, mas... acho que você está grávida.

Agatha e eu demos um pulo da cama, Oliver apoiou as duas mãos nos meus ombros, pois estava prestes a fazer um escândalo, sapatear, gritar.

- Você quer me enlouquecer, Oliver? - Disse entre os dentes.

- Não... É o exame de BHCG que está acusando.

- Vamos ter um bebê?! - Agatha finalmente abriu a boca para falar algo, e me solta justamente aquilo com muita empolgação.

Eu caí no choro como uma criança, fazendo escândalo, sapateando como uma criança birrenta, Oliver e Agatha assistiram a minha infantilidade completamente embasbacados.

No ultrassom parecia que Agatha era o pai da criança, completamente ansiosa, apertando minha mão enquanto Oliver fazia o exame.

- Aqui está seu bebê... formado e perfeito. - Ele paralisou a imagem para mim, medindo o tamanho do corpinho.

Eu e Agatha parecíamos duas babacas chorando, eu de susto e preocupação, ela de ansiedade e felicidade, pois sempre falamos de filhos, ela sempre quis muito, já eu dizia que não tinha jeito com crianças.

- Está confirmado... você está de 9 semanas... três meses completo... e temos que tirar o DIU. - Oliver parou o exame depois de ter feito todo o procedimento, me olhou preocupado.

- Mas isso não é perigoso? - Agatha se sentou ao meu lado apertando mais ainda minha mão.

- Muito... A chances de um aborto é maior do que uma mulher sem o DIU.

- Eu nem sei se vou ter esse bebê.

- Fale isso de novo e eu te dou uns tapas. - Agatha disse nervosa.

- Sabe o que vai acontecer? Essa criança vai morrer de fome. - Disse voltando a chorar, mas a mão não saia da barriga, ele já estava lá comigo e com Cristian.

 Eu acho que você já está apaixonada pelo seu filho... e tem dinheiro para contratar alguém para ajudá-la. - Oliver me deu meio sorriso. - Vamos esperar que melhore da pneumonia... Vamos tirar o DIU e ficará de repouso absoluto até segunda ordem.

- Só pode estar de brincadeira?

Oliver simplesmente sacudiu a cabeça em negativa, Agatha se propôs a mudar para o meu apartamento ou eu ir para o dela, sorri com a ideia de ir para lá, era grande, não tiraria a privacidade dela tendo meu quarto, pois o meu era apenas um quarto, e eu teria minha amiga todos os dias para chorar e aceitar minha nova vida, pois agora eu não estava mais sozinha, eu teria alguém para dividir minha vida e meu tempo.

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