Monika da a noticia aos amigos

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Emma me procurou depois de uns dez dias atrás dizendo que ele se casou e foi embora para a Itália, abandonando toda a equipe, estava arrasada, ela queria saber do bebê e eu disse que tinha perdido no dia que saí do apartamento.

- Porque mentiu? - Louis parou, estava surpreso.

- Porque não sei quais são as intenções dela a esse respeito, de repente ela possa querer abrir um processo contra mim, tentar tirar meu filho.

- Acha que ela contou ao filho?

- Acho que sim... - Dei de ombros.

Acha que ele virou as costas assim? - Louis sacudiu a cabeça em negativa. - Eu acho que ela não contou, e perguntou pelo bebê para justamente tomar uma atitude, talvez até de contar a ele.

- E se esse é o motivo, com certeza é para tentar tirar o bebê de mim...

- Sabe o sexo? - Louis sorriu.

- Sei sim!... Agatha quase me matou dentro do consultório quando disse que queria a surpresa.

Louis gargalhou, eu ri com ele, apoiei a mão em seu braço e voltamos a caminhar.

- Você será um ótimo pai... - Olhei para ele. - Promete que vai amá-lo como seu filho, vai me respeitar como mulher e esposa?

Louis parou a minha frente, segurou o meu rosto, sorriso doce que transbordava amor, me deu um beijo tão casto que poderia dizer que éramos freira e padre, ri com aquele pensamento.

- - Pode ter certeza que vou cuidar de vocês dois como sempre cuidei, vou amar essa criança como se eu tivesse feito ele com todo o meu amor.

- É um menino...

- Ele será um homem, um Charpentier, vai crescer por entre aqueles vinhedos. - Louis me puxou para um abraço, respirou longamente. - Eu amo tanto você, Monika, tanto!

- Eu vou aprender a te amar Louis. - O apertei em meus braços.

Voltamos para casa, me sentia mais animada com a presença dele, creio que esse casamento fará muito bem a nós dois, Louis esperou por tanto tempo e eu nunca o olhei com maturidade, sempre torcendo a boca, querendo o manter longe, mas não posso dizer que a nossa primeira vez não foi boa, foi até boa demais e animada. Acho que seria melhor eu amar Louis e parar de dar cabeçadas em relacionamentos de paixões avassaladoras, na vida real, não existe isso, e já começava a achar que esses amores não eram feitos para mim.

Agatha e Oliver chegaram ao apartamento, traziam nas mãos caixas de pizzas, eu disse que estava louca para comer pizza, e não sei como não estava engordando com o tanto que comia.

Oliver se sentou à nossa frente, Agatha colocou as caixas de pizza sobre a mesinha de centro e as abriu, o cheiro me fez salivar e atacar uma delas, o queijo mussarela chegou a formar fios de tão deliciosa que estava, dei uma mordida com gosto, fechando os olhos e mastigando com gosto, quando abri os olhos, estavam todos me olhando, sorri para eles me sentindo uma Alien.

- Casar com você é prejuizo na certa. - Disse Oliver rindo e pegando uma fatia de Pizza.

- Não fala mal da minha amiga, ela está grávida e come por dois. - Agatha deu uma leve cotovelada em Oliver que riu.

- Eu vou me casar! - Soltei.

Agatha e Oliver me olharam surpresos, depois olharam para Louis e riram.

- E como vai ser isso? - Agatha se mostrou preocupada.

- Vamos comprar um apartamento maior aqui em Nova York... Para Monika nada vai mudar, mas para mim sim, pretendo ir uma vez por mês a La Vernése, vejo como andam as coisas e volto.

- Muito bem! - Agatha fez um bico de aprovação.

- Nada de sexo... - Disse Oliver, balançando a cabeça lentamente. - Enquanto o bebê não nascer, não é bom rolar algo.

Eu fiquei de boca aberta, nem tinha pensado nisso, nem tinha me dado conta que esposa não era só para fazer a figura materna na família, e sim cumprir com obrigações com seu marido, satisfazer suas vontades, engoli em seco, olhei para Louis, ele deu de ombro e riu.

- Sem problemas... Eu espero.

- Isso é complicado mesmo... - Começou Oliver a explicar para Louis sobre minhas condições, como perdi o tampão que evita do bebê escorregar, eu poderia vir a ter um aborto com as contrações, ele até parecia meio constrangido em falar sobre sexo com a gente, e eu na verdade não me senti muito bem, por fim, Louis foi muito sensato.

- Eu entendo tudo isso e não forçaria Monika mesmo se ela não estivesse grávida.... - Ele me olhou. - Eu sei esperar, e Monika vai saber me dizer quando estiver pronta.

Consenti com a cabeça, deitei a cabeça sobre seu ombro agradecida por ele ser tão gentil comigo.

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