Chris viaja para Nova York

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Pisquei várias vezes para Meredith, mas não sei se devia, passou tempo demais para ter uma reconciliação, Monika com certeza estava magoada o suficiente para não me aceitar de volta.

- Você está infeliz... dá pra ver na sua cara.

- A mamãe é a culpada. - Disse chateado. - Ela não foi feliz, e não importa se seremos ou não, pra ela o que importa é agirmos da forma dela.

- Posso morar aqui com você? - ela pediu em súplica.

- Eu não sei, Meredith.... Eu nem sei se vou continuar aqui, como você disse, estou infeliz, fiz escolhas que não devia ter feito, briguei com a mulher que eu amava, não sei o que vou fazer da minha vida.

- Nunca deveria ter saído da França... Então volta comigo, eu divido o apartamento com você.

Sorri achando graça, eu teria que pensar bem no que fazer da vida, se devia ou não procurar por Monika, apesar que se passaram apenas alguns meses, tempo suficiente para amenizar as mágoas e aumentar a saudade.

- Tá... fique aqui comigo até o meu contrato acabar que é mês que vem, não vou renovar e vamos voltar para Paris, mas tem que me garantir que vai arrumar emprego e vai dividir as despesas comigo.

Meredith soltou um gritinho e me agarrou, dando vários beijos no meu rosto, a empurrei dando risada, depois fomos jantar, estava morrendo de fome, escutei tudo que mamãe e ela conversaram sobre o que aconteceu, ela está muito magoada, assim como eu fiquei ao saber que ela não sente remorso em ter mentido para nós, destruído minha felicidade e escondido parte do passado.

Um mês depois estava voltando para Paris, de lá tomei outro voo para Nova York, coração disparado, aflito, porque não sabia o que iria encontrar.
Minha aparência estava bem mudada, me sentia um pouco mais velho, magro, mas estava decidido em ter Monika de volta.

Peguei um táxi e segui para o apartamento dela, entrei apenas dando um oi para o porteiro, que ainda ficou me olhando com cara embasbacada, abri a porta do elevador e subi.

Parei diante da porta, respirei fundo, ajeitei a mochila atrás das costas, apertei a campainha e esperei, ouvi uma voz masculina ecoar dentro do apartamento, franzi o cenho e a porta se abriu, dei de cara com uma rapaz loiro, usando apenas uma toalha enrolada na cintura.

- O que quer? - ele me olhou de cima a baixo, sorriso maroto no rosto.

Fui tomado pelo ciúmes, precisava enfiar o dedo na cara de Monika ver o quanto era o amor que ela sentia por mim, o empurrei com violência, ele veio atrás de mim querendo me deter, pedindo para eu sair ou chamaria a polícia, entrei no quarto, uma mulher se encolheu entre os lençóis, cabelos castanhos claros, nada a ver com Monika, fiquei parado na frente da cama olhando aquela mulher, fui puxado para trás e recebi um soco.

Acordei com um policial batendo no meu rosto, o porteiro ao lado dele.

- Está bem?...quer ir ao hospital?

Me sentei olhando para o apartamento e para o rapaz loiro.

- Monika... Cadê? - Olhei para o porteiro.

- Não mora mais aqui a quase quatro meses... Ela ficou muito doente e foi morar com uma amiga, depois vendeu o apartamento.

- Doente? - Me alarmei com o que ele disse. - Que amiga?

- A sócia...

Me levantei rápido, olhei para o loiro, sem jeito e constrangido bati a mão no peito dele.

- Me desculpa... Eu não queria ... posso ir? - Apontei para a porta, mas também caminhei lentamente até ela.

- Pode... não vou abrir queixa. - Disse o loiro.

Não pensei duas vezes, saí correndo esbarrando nas pessoas que olhavam até chegar no elevador, tinha que dar tempo de chegar ao prédio onde tinha o escritório, mandei o taxista voar, mas o trânsito estava pesado, paguei, desci do carro e passei a correr entre os carros até chegar no edifício, parei na frente da recepcionista ofegante.

- Monika Brumi... Por favor? - Pedi louco para tomar uma água.

- Qual empresa, Senhor?

- Há... - Olhei para o painel a procura do nome da empresa, pois de cabeça não lembrava. - Broomier Marketing e Propaganda.

- Seu nome? Tem hora marcada?

- Christian Garrel, não, não tenho hora marcada, mas eu e Brumi... sabe como é que é né... a gente namorou. - Cocei a testa.

- Há... sim... - Ela puxou o telefone e ligou para o andar, depois de um tempo. - Pediram para esperar, alguém vai descer para falar com o senhor.

- Eu não quero falar com um funcionário, quero falar com Monika Brumi, ou eu não fui bem claro.

- Sim... ela foi cara. - Disse uma voz conhecida atrás de mim. - Como vai Christian?

- Agatha... - A olhei surpresa. - Onde está a Monika?.. sei que está morando com você, ficou doente.

- Bom... ela não está mais morando comigo, está bem melhor de saúde...mas também não está em Nova York.

- Como assim? - A encarei surpreso.

- Monika se casou há um mês atrás com Jean-Louis.... Sinto muito!

Então um buraco se abriu debaixo dos meus pés, o rosto de Louis veio a minha mente e é claro que aquele sorriso cínico dizia tudo, ele adorou a nossa briga, aproveitaria da dor de Monika, mostraria que ele seria a única pessoa que a amaria sem problema algum, aceitando seus defeitos e não desistindo dela.

Tapei o rosto com as duas mãos.

- Não... não me fala uma coisa dessa...por favor? - Disse choramingando.

- Sinto muito... - Agatha apoiou a mão no meu ombro. - Não tem mais o que fazer, deveria ter vindo antes... ela foi a sua casa... ela te procurou, mas você não veio.

- Estava magoado, ferido. - Olhei para Agatha. - Diga a ela que eu a amo!... Por favor?

- Tá... Eu digo. - Agatha sorriu amável, compadecida pelo meu sofrimento. - Agora tenho que subir.

- Ela está em La Vernése?

- Está...mas é melhor você deixá-la seguir com a vida, Monika finalmente encontrou a paz e alguém que a ama de verdade.

Apenas sacudi a cabeça aceitando meu destino, perdi Monika, demorei demais para reconhecer que meu mundo dependia dela. Estava perdido, solitário.

Me hospedei num hotel ali perto, marquei minha passagem de volta a Paris, liguei para minha irmã, chorei pra ela que havia perdido Monika.


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Oi gente!!

Agora vou pra revisão do restante da história e mais tarde solto aqui!... finalizando a primeira fase do livro.

Até mais!


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