Acordei e já estava entardecendo, era estranho até, para mim, deveria ser madrugada, ou sei lá, procurei Monika pela cama, mas não a achei, mas o cheiro gostoso que vinha da cozinha me fez o estômago roncar.
Me levantei e corri para o banheiro, fiz xixi, lavei o rosto, me olhei no espelho, me senti bem em estar com ela, a saudade era agora mínima, sequei o rosto, abri a porta do quarto, puxei a cueca que estava no chão e a vesti.
- Boa noite... - Monika sorriu ao me ver.
- Bom dia... - Disse abraçando-a pela cintura, me encostando nela enquanto a via mexer algo na panela. - O que é isso?
- Um mingau de aveia com leite. - Ela riu. - Comia isso quando criança, acordei com vontade de comer... e como você não acordava, vim preparar para mim.
- Isso deve ser bom... - O cheiro era bom.
- Eu divido com você, ela me dá um beijo no rosto, desliga o fogo da panela e se vira para mim. - Dormiu bem?
- Muito bem... Você tinha razão, sua casa é muito boa.
- Eu disse... - Monika me abraçou tão forte.
Sentamos para comer o mingau, aquilo realmente estava muito bom, e aproveitamos para conversar o que não tínhamos conversado na minha chegada, Monika tinha um brilho diferente, parecia mais nova até, seus olhos estavam arteiros, curiosos, talvez seja porque nunca a vi tão solta e a vontade.
Ela colocava o cabelo para trás da orelha, levando a colher à boca, se deliciando com aquele mingau, eu também, me fez lembrar da minha infância.
- Isso me lembrou minha infância, não sabia que era mingau de aveia que comia.
- Com certeza você não perguntava a sua mãe com que era feito o mingau. - Ela levou a colher à boca novamente.
- Acho que não... - dei de ombros largando a colher de lado, dei uma olhada pelo apartamento. - Perto da sua casa em La Vernése... Aqui é pequeno.
- É o melhor em Manhattan - Monika se levantou levando o prato para a cozinha.
- Então estamos perto do central park, museus? - A olhei interessado.
- Isso mesmo... O central park fica a uns... Dois quarteirões daqui.
- Podemos fazer um passeio lá amanhã?
- Claro que podemos, você vai adorar. - Monika largou o prato na lava-louça e voltou para se sentar comigo no sofá da pequena sala, ali tudo era integrado, apenas o quarto que tinha uma porta de correr dupla, era até interessante, pois deixava o ambiente maior quando se estava aberta, Monika se aninhou ao meu ombro.
- Uma semana que ficará comigo?
- Quase duas. - Entrelacei os dedos nos dela, beijei o topo da sua cabeça.
- O que acha de irmos jantar fora? - ela me olhou.
- Adoraria... - Sorri animado. - Vamos fazer como os americanos, andar pelas ruas de mãos dadas até chegar ao restaurante preferido, ou ir de táxi se ficar muito longe?
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SEGREDOS
RomanceMonika Brumi é uma fotografa de renome, publicitária e dona de seu próprio negócio e de sua vida, sua mãe costuma dizer que é a ovelha desgarrada da família. Sempre ocupada, mal tem tempo de ter uma vida social e namorar. aos 37 anos s vê perdidamen...