Monika fica sabendo da morte de Nicole

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Monika

Na manhã seguinte estava no escritório, Louis mesmo convencido de que estava tudo bem entre nós, não dava sinal de que era real esse sentimento, eu sei que o magoei e deveria ter contado a verdade, por medo de estragar a nossa semana, escondi dele algo importante. Mas agora já tinha acontecido, a descoberta era inevitável e agora tínhamos que conviver com isso.

Me sentei na minha cadeira, as 14 horas teria a tal entrevista, estava ansiosa e louca para por meu cargo a disposição e ser um pouco livre para uma vida e curtir o meu filho e a vida.

O telefone começou a tocar.

― Monika... ― disse puxando alguns papeis sobre mina mesa.

― Oi Monika, é Dylan do TAC NEWS. ― O homem do outro lado falava com propriedade como se me conhecesse, e eu ainda estava naquela faze de não saber se realmente conhecia.

― Oi Dylan, você é repórter, fotografo, publicitário?

O silêncio foi imediato, depois escutei.

― Haaaaaaaaaaaa... A gente trabalhou juntos? Não se lembra.

― Sinto muito... ― Odiava aquela saia justa.

― Ah... Claro! ― Ele disse parecendo constrangido. ― Tinha me esquecido do acidente... Me perdoe, achei que já estivesse melhor.

― E estou!... O que quer Dylan? ― Me recostei na cadeira para dar total atenção ao rapaz.

― Quero fazer algumas perguntas... Pode ser?

― Pode... Se eu me lembrar dela eu te responderei. ― Fui sarcástica.

― Acho que vai se lembrar, é recente o acontecimento.

― Então as faça.

― Monika... Soubemos que você foi a fotografa que fez as ultimas fotos de Nicole Garrel em Los Angeles... e que o marido da mesma, foi vista saindo com você do local, feliz e dando beijos em você e no sei filho... Isso é verdade.

Engoli em seco, olhei para o porta retrato sobre a minha mesa, Louis e Daniel sorrindo para mim.

― Sim... Não é segredo que o Sr. Garrel acompanha a esposa em todos os eventos... Não vejo qual o espanto.

― Mas... Ela não estava com o marido no momento... Fontes dizem que ela estava no hotel.

― Ela esqueceu a maleta de maquiagem... e antes que você fale alguma coisa, Dylan! Meus funcionários estavam no local quando ele veio buscar a maleta, e não é novidade que eu e o Sr. Garrel tivemos um namoro rápido no passado, antes do acidente, como eu não me lembrava, tive a oportunidade de ouvir a história, fiquei grata por ter conhecido uma parte em que esqueci, peguei meu filho e fui embora e ele voltou ao hotel. ― Me debrucei na mesa e não dei chance para ele continuar. ― Ele está bem com a família dele e eu com a minha. Não inventem coisas, e, por favor, não destrua dois casamentos que estão indo muito bem.

― Então você não está sabendo?

― Sabendo o quê?

― Nicole se matou há quase uma semana atrás... Os rumores são de que você é o pivô deste trágico suicídio e o Sr. Garrel está praticamente sem nenhum tostão, a família da modelo bloqueou todos os bens do casal.

― Dylan... Você está brincando comigo? ― Me levantei, eu estava em choque e aquilo não podia ser verdade.

Enquanto Dylan relatava tudo que sabia, eu batia no vidro do meu escritório para a minha secretária vir até a minha sala.

― Muito bem... ― disse a Dylan assim que Sylvia entrou na minha sala. ― Agradeço por me informar o que aconteceu, como disse, tirei uma semana de férias com meu marido e filho, não fui informada do que aconteceu e vou procurar saber o motivo.

― Posso publicar o que me relatou?

― Antes de publicar, quero ler antes, ou eu processo você. ― Disse com firmeza.

― Pode deixar, chefe!

Quase mandei a merda, desliguei o telefone sem dizer tchau, olhei para Sylvia apoiando as mãos na mesa.

― Como podem esconder de mim a morte de Nicole Garrel?

― Há... Eu achei que a Agatha tinha lhe informado.

Passei as mãos no rosto bufando, não sabia o que fazer, me sentei desabando na cadeira.

― Nunca mais escondam nada... Principalmente relacionado a modelos e suas vidas loucas.

― Pode deixar.

Fiz sinal para ela sair da minha sala, puxei o celular e liguei para Christian. O celular chamou muitas vezes até que ele atendeu, nisso a porta do escritório se abriu e Louis entrou, parecia preocupado.

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