Seguimos para o hospital depois de tomar café, precisávamos saber de Gerard primeiramente, fomos autorizados a ir para o quarto, meu sogro abriu um sorriso enorme ao nos ver.
- Como está, papai? - Juliette deu um beijo e um abraço leve.
- Estou bem... um pouco zonzo, mas bem.
- Cadê Monika? achei que vivia com você! - Gerard me olhou preocupado. - Eu disse a Juliette que queria minha filha aqui.
- Ela está vindo, não conseguimos lugar no mesmo voo, a minha passagem já estava comprada. - Fiz uma careta para ele e sorri.
- Você não me parece bem.
- Estou bem, e melhor agora que sabendo que está fora de perigo, a cirurgia deu tudo certo, isso é importante.
- Há!... Eu não queria morrer sem ver minhas meninas. - Ele apontou para o curativo na minha cabeça. - O que foi isso, filho?
- Nada demais... Eu bati a cabeça na quina da mês quando me abaixei para pegar as chaves do carro.
Gerard sorriu concordando de que estava tudo bem comigo, pegou no rosto de Juliette, estava sendo uma tarefa árdua em manter segredo do que realmente estava acontecendo, teríamos que conversar com o médico dele para saber como iríamos contar que Monika estava no mesmo hospital e em estado grave, ele iria me culpar pelo que aconteceu e não estava preparado para saber que eu era o culpado por não ter parado o carro.
Chegou uma hora que não dava mais, pedi licença e saí do quarto, me refugiando na recepção do andar em que Gerard estava.
Apoiei os cotovelos nos joelhos, tapei o rosto com as mãos me sentindo tão pequeno, Juliette se sentou ao meu lado, eu a olhei.
- Porque não está lá com seu pai?
- Estou preocupado com você, com a Monika, com todos, porque não sei como vai ser quando ele ficar sabendo.
- Eu fui o culpado...
- Não, não foi...- Ela acariciou meu ombro.
- Fui... Devia ter parado o carro quando ela me mandou... - Voltei a chorar. - Eu devia ter parado... Mas eu queria ir para casa, queria poder acalmá-la com um café ou uma xícara de chá, deixar que chorasse e me contasse todas as suas mágoas.
- Pare com isso... Você não teve culpa, a queria proteger, olha só o que você acabou de contar. - Juliette segurou minha mão. - Tudo vai ficar bem.
- Quero ver Monika. - Me levantei secando as lágrimas. - Procure o médico de seu pai e veja com ele como podem contar o que aconteceu com a Monika, não dá para esconder dele isso, estão no mesmo hospital.
- Está bem... - Juliette me olhou triste. - Logo me junto a você!
Concordei e me virei, dando de cara com Renê, abatida, não disse nada, apenas saí sem dizer uma palavra, deixando Juliette resolver o que vão fazer em relação a Gerard.
Fiquei parado em frente ao vidro da sala de CTI onde Monika e mais três pessoas estavam, ela estava pálida, rosto muito marcado pelos estilhaços de vidro, uma boa parte dos cabelos tinham sido raspados, havia um corte pegando da testa e não se dava mais para ver algo cobria sua cabeça, apoiei as mãos no vidro, conversei com ela em silêncio, eu queria que ouvisse minha voz, queria poder tocar em sua pele, segurar a sua mão e dizer que eu estava lá, não a deixaria morrer.
- Sr. Charpentier, podemos falar?
***
Resolvi mudar o destino de Monika.
Então vou demorar mais um pouquinho pra postar o que resolvi fazer.
Já tinha escrito quase tudo, apenas agora estou acrescentando a vida dela nos capítulos e muando algumas coisas.
Bjus e até amanhã!
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SEGREDOS
RomanceMonika Brumi é uma fotografa de renome, publicitária e dona de seu próprio negócio e de sua vida, sua mãe costuma dizer que é a ovelha desgarrada da família. Sempre ocupada, mal tem tempo de ter uma vida social e namorar. aos 37 anos s vê perdidamen...