Monika decide voltar pra Nova York

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Já se passaram seis meses depois do acidente, Daniel agora é pura alegria e como gosta de sorrir, rir, gritar.

Eu já consigo andar melhor, minha cabeça não dói mais e me sinto ótima pra voltar ao trabalho, essa semana levei Daniel para passear entre as parreiras, elas estavam linda, verdinhas e logo começariam a florescer para dar os cachos de uvas, Louis estava no campo trabalhando com os funcionários, Daniel o avistou de longe e no meu colo parecia que queria sair correndo para ir com ele, gritando, babando e batendo palmas.

- Olha só quem veio ver o papai trabalhar! - Louis veio em nossa direção todo feliz que estávamos lá, tirou as luvas e o pegou no colo, erguendo-o, Daniel grita feliz, bambando nas mãos.

- O dia está tão bonito, quis passear com ele. - Disse me colocando ao seu lado.

- Se sente bem pra sair assim levando esse peso?

- Estou bem, não se preocupe.

- Que bom, estou feliz que esteja bem melhor.

Caminhamos até onde estavam os trabalhadores, cumprimentei todos. Eu e Louis conversamos sobre a futura safra, ele estava animado e as parreiras estavam saudáveis, esse ano teríamos uma safra excelente de vinhos.

A volta para casa foi tranquila, Daniel veio aninhado ao peito de Louis, chupando o dedinho e cantarolando baixinho, e eu queria abordar um assunto que Louis não queria e evitava, então aquele caminho me dava uma margem para fazer isso sem que ele pudesse fugir de mim.

- Louis? - Peguei em seu braço. - Quero voltar para Nova York.

- Já conversamos sobre isso.

- Não... Você sempre foge quando começamos a conversar, e desta vez vai me escutar. - Fiz ele parar e me olhar. - Quero voltar... Conversei com Agatha hoje de manhã... E ela está com acumulo de trabalho, precisa de ajuda e eu sou a sócia dela e preciso voltar.

- Não está de alta e mesmo que estivesse, não podemos voltar agora, mas mês que vem, se puder esperar...

- Não... Eu já marquei a minha passagem e a de Daniel... Nós vamos em uma semana.

Louis de espantado passou para bravo, soltou o ar com força.

- Você tomou uma decisão sem meu consentimento? - Ele soou magoado e bravo.

- Sim... Porque se depender de você, eu não saio desta cidade e tenho compromissos que me esperam do outro lado do país.

- Você é minha esposa e vai me obedecer...

- Eu não sou sua escrava, Louis... - Disse ríspida. - Como disse... sou sua esposa e eu estou comunicando de que estou indo com Meu filho para Nova York... Se quiser vir, venha se não, pode ficar aqui e com suas uvas.

Tomei Daniel de seus braços e segui para dentro de casa, estava decidida a tomar minha vida nas minhas mãos e parar de depender de Louis ou de qualquer pessoa que tentasse me impedir, posso ter perdido oito anos da minha vida, mas sabia bem do meu trabalho e estava capacitada para isso, bem e louca pra sair de La Vernèse.

Louis entrou comigo pela casa e me acompanhou até o quarto, desde que estamos juntos depois do acidente, eu o trato como um amigo, não consigo beija-lo ou tentar fazer amor com ele, Louis tentou algumas vezes, mas eu travei e não era o que sentia vontade, então ele adotou uma outra técnica, se despir na minha frente.

- Você é teimosa demais... - Disse ele tirando o suéter e jogando na cama ficando apenas de camisa, colocou as mãos na cintura e me encarou bufando. - Uma semana... eu consigo isso.. vou com vocês para Nova York... Se tenho que mudar toda a minha vida por sua causa, faço isso novamente.

- Não estou pedindo para mudar sua vida por nós. - Falei grosseiramente.

- Mas eu mudo, porque amo você, sua idiota. - Louis agarrou meu rosto e me beijou, Daniel reclamou no meu colo o aperto, mas Louis não ligou, ao se desgrudar de mim, ele pegou Daniel no colo e saiu com ele.

Me sentei na cama tentando entender aquele beijo e por que senti algo diferente, talvez essa doçura de Louis é o que me inervava, eu queria alguém que me domasse e quando agia assim, eu curtia. Louis voltou para o quarto, agora sem o Daniel nos braços, e nem me deu chance de pensar, ele me agarrou, me deitando na cama, me beijando passando a mão no meu corpo.

- Faz amor comigo?... - Pediu ele em um gemido desejoso, passando a mão no meu corpo. - Eu amo você, desejo você... Por favor?

Não disse nada, precisava tentar, apenas concordei e voltamos a nos beijar, Louis me ajudou a tirar a roupa e se despiu, ele era lindo, másculo, forte. Deslizei minas mãos em seu corpo, apalpando cada milimetro de seu corpo, agarrei seus cabelos assim que abocanhou um dos meus seios, sugando e brincando com a língua, meu ventre se contraiu ao sentir sua boca quente.

Luis muito muito desde a primeira vez que transamos, foi tudo tão rápido e afoito que não gostei, apesar de estar afim e sentir algo dentro de mim, não gozei mas um frenesi na ocasião percorreu meu corpo.

Louis foi descendo pelo meu corpo, beijando e lambendo minha pele, até que chegou ao meu sexo e me abocanhou com desejo, me sugando com força, quase gritei de desejo e prazer, baguncei seus cabelos enquanto me sugava, e gozei em sua boca desejosa. Louis se erguei sobre mim, puxando meu quadril para ele e me penetrou, numa estocada faminta, segurei seus braços e ele meteu com vontade dentro de mim, fechei os olhos e curtir aquele sexo quente, Louis se deitou sobre mim, beijando meu pescoço e não deixou de se movimentar dentro de mim, até me fazer gozar, e gozou comigo, aquela sensação foi muito boa, a barreira que ele queria quebrar, enfim ela estava destruída, mas meu coração ainda não batia forte por ele. Louis se deitou ao meu lado ofegante, eu também estava.

- Eu vou com vocês para Nova York... Pode comprar minha passagem.

- Obrigada. - Olhei para ele sorrindo. 

- Eu amo você, não se esqueça disso.

- Eu sei que sim. - Apertei sua mão na minha e ficamos em silêncio, um olhando para o outro.

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