Louis manda recado

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Louis

Monika dormia tranquila ao meu lado enquanto observava seu rosto, Daniel estava na cama-sofá que existia no quarto, largado e despreocupado com a vida que teria pela frente, era bom ser criança, crescer não era fácil e se tornar um adulto era mais difícil ainda. Ainda mais quando se vive ao lado de uma pessoa que é por demais importante para você em sua vida.

Monika não era só um amor de infância, não era obsecado por ela, mas todas as vezes que tentei esquecer aquele amor, eu era puxado novamente para seus braços e acabava rolando algo entre nós. Conhecia aquela mulher como a palma da minha mão, ela podia amar outro, mas sempre que algo acontecesse, era a mim que viria atrás para pedir ajuda, conselho e ter um ombro. Não abriria mão de Monika, muito menos de Daniel e ele teria que saber disso, nada neste mundo mudaria entre nós, não seria o reconhecimento de paternidade que me roubaria tudo que construí ao longo de 4 anos. Não cheguei até aquele ponto para abrir mão.

Na manhã seguinte resolvi ficar mais um dia, era para voltarmos para Nova York, mas adiei meus planos e de lá fomos para o Brasil, Fortaleza foi o destino que escolhi por indicação de um brasileiro no saguão do hotel quando folheava alguns cartões e folhetos de agencia de viagem.

Daniel corria pela areia branquinha da praia, Monika o seguia rindo, algumas pessoas olhavam para ela, para as cicatrizes que tinha na perna braço e a Têmpora que com o sol ela ficava bem vermelha, mas para mim, elas eram como tatuagem de sua sobrevivência e eu amava cada uma delas e fazia questão de beijar quando tinha oportunidade. Monika por sua vez aprendeu a conviver com suas marcas, acho até que ela não liga. A força de vontade que ela tinha de viver era tão grande que aquilo não era nada.

Puxei o celular de Monika, sabia a senha, digitei e procurei o nome de Christian, tomando o cuidado para que ela não visse que mexia em seu celular.

Adicionei em meus contatos e voltei com o celular dela no lugar que tinha depositado, tirei foto dos dois brincando e enviei para ele com os seguintes dizeres.

"Estão bem... se divertindo... Quero falar com você e a sós, marque um lugar que irei até você, estou de volta a França em quinze dias, mas se precisar irei antes".

Fiquei olhando para a mensagem por um tempo e se devia realmente enviar, me lembrei que esqueci de por meu nome.

"Jean-Louis"

Apertei enviar e soltei o celular no meu colo, soltando o ar pela boca, ansioso e me sentindo tão pequeno diante dos acontecimentos, eu sentia a corda ser puxada da minha Mão e não tinha mais forças para puxar, apenas estava tentando mantê-la no lugar para não deixar que me tirem tudo.

Me levantei largando o celular na espreguiçadeira e fui ao encontro dos dois. Daniel riu entrando no mar e u fui com ele, Monika ficou com água até os joelhos assistindo a nós dois nos divertir dentro da água. Foi a melhor coisa que fiz. Trazer os dois para uma semana de descanso e férias.

Depois do jantar e andar no calçadão da praia, fomos para o quarto, Daniel dormia no meu colo, o coloquei na cama dele e o cobri depois de tirar a areia de seus pés, Monika trouxe uma fralda de pano molhada para limpar seus pezinhos.

― Que lugar espetacular, e esse calor então? ― Monika riu. ― É incrível como a temperatura mude de um lugar para o outro.

― E aqui é inverno! ― Me sentei ao seu lado e tirei o tênis.

― Inverno? ― Ela abriu a boca surpresa.

― Sim... E o relógio marcando 28Graus.

Rimos e caímos na cama, ela abraçado a mim e eu nela.

― Estou pensando em contratar um publicitário para o meu lugar em Nova York... ― Ela falou em um tom descontraído, achei estranho.

― Porque vai fazer isso?

― Porque eu descobri que amo fotografar... ― Ela me olhou apoiando o queixo no meu peito. ― Eu quero me dedicar à fotografia, mas de uma forma espontânea, a que eu possa apenas expor a realidade...

― Você já fez isso... ― Sorri amável. ― Você já saiu por aí tirando fotos, já ganhou prêmios e já se cansou dessa atividade.

― Você não entendeu? ― Ela se ergueu um pouco. ― Eu quero voltar para La Vernese e ficar na fazenda, curtir o nosso vinhedo e trabalhar apenas para ele.

― Monika... Você não vai conseguir ficar parada num canto... Você precisa desta agitação.

― Eu ainda terei a agitação... ― Ela sorriu. ― Eu só quero diminuir o ritmo e aproveitar a vida ao lado de vocês.

― Tem certeza? ― Me ajeitei na cama para olhar para ela. ― Tem certeza que vai conseguir tirar o pé do freio e curtir o que a vida lhe deu.

― Sou capaz disso... e quando achar que devo sair correndo, venho pra Nova York, vejo como estão as coisas e volto correndo para casa.

― Eu não te reconheço.

Monika gargalhou.

― Acho que é a idade chegando!

― Pare com isso. Você não é velha, assim me sinto um homem de 90 anos.

Rimos mais uma vez e a girei na cama, segurando seus pulsos e a beijei.

― Você anda muito assanhado. ― Monika me beijou se ajeitando embaixo de mim, sorri adorando aquela calmaria entre nós e seu desejo por mim.

Voltamos a nos beijar, á toquei gostoso, massageando seu clitóris, ela era tão delicada, adorava toca-la. Monika mordeu o canto da boca, rebolando na minha mão aproveitando meu toque, suguei um de seus mamilos, arrancando gemidos, me preparei para possui-la e me deitei sobre ela, Monika envolveu suas mãos em meus cabelos e a beijei e dei a primeira estocada, me enterrando dentro dela.

― Haaaa... ― Soltou ela baixinho.

Passei a me movimentar dentro dela, lento e rápido, alternando meus movimentos para deixa-la louca de vontade de gozar.

Monika puxava meus cabelos levando a cabeça para trás, ela estava pronta e acelerei, ela me apertou com força e eu gozei com ela, gememos juntos, agarrados um no braço do outro, me esvaí por completo dentro dela, me largando sobre seu corpo magro.

― Amo você! ― Disse rouco.

A olhei tirando seus cabelos de seu rosto suado, beijei sua boca.

― Amo você também... ― Monika sorriu e me beijo.

Deitei ao seu lado e a puxei para mim, deitamos de conchinha e dormimos abraçados.

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