Monika é pedida em casamento

565 68 5
                                    

Monika Brumi

Quando acordei me sentei na cama, olhei para Chris, ele dormia largado, peito nu, braço para trás da cabeça, de repente me senti culpada, triste e amando aquele rapaz.

Então veio a vontade de comer mingau de aveia, me levantei e segui para a cozinha, fiquei pensando no que devia fazer, o medo me apavorava só de passar na minha cabeça que ele saísse por aquela porta e não o visse mais.

Vê-lo de cueca e peito nu me fez deter meus pensamentos, meu medo ficou aparente e resolvi esquecer por um tempo, conversamos, comemos do mingau, meu estômago começou a querer pôr para fora o que tinha comido, a ansiedade sempre me causava esse mal estar, era horrível me sentir tão mal, até que ele me perguntou sobre o que estava pensando, e fiz uma surpresa ter a boca tapada, o ciúmes aparente e o fim da conversa por que ele não suportaria saber a verdade e desconfiava de que ele sabia de algo, mas resolvi não falar por enquanto, deixaria para resolver depois isso, quando as coisas se tornassem mais sérias ao ponto de ter que ficar cara a cara com a mãe dele, Emma seria minha derrocada.

Saimos para jantar, foi divertido e romântico, e me diverti como nunca, Chris era engraçado e sabia transformar a noite de uma mulher, mesmo parecendo mais velha que ele, as pessoas em Nova York não eram preconceituosas ao ponto de ficar olhando e recriminando com cochichos e olhares incriminatórios, me sentia confortável onde vivia, não éramos conhecidos, apenas pessoas comuns.

Voltamos para o meu apartamento, fizemos amor por um bom tempo, para cair e dormir exaustos, abraçados como sempre.

Na manhã seguinte Chris estava animado para ir ao Central Park, nos arrumamos, passamos na lanchonete perto de casa, compramos algumas coisas e levamos para o nosso passeio, caminhamos de mãos dadas pela pequena rua dentro do Park, vendo as crianças correrem, pessoas caminhavam apressadas, outro casais de namorados passeando, até que achamos um lugar calmo e abaixo de uma árvore para nos sentar e apreciar o dia de sol, apesar do frio, estava muito gostoso o dia.

Tirei os tênis dos pés de Chris enquanto ele lia o jornal em seu inglês com um leve sotaque francês, eu gostava de ouvi-lo falar, então enquanto fazia massagem em seu pé, ele lia.

Praticamente me esqueci de tudo, apenas ouvia a sua voz, e não sei o que me deu, era como se eu não estivesse ali, mas sabia que estava com seu pé em minhas mãos, e eu o apertava.

Sabe aqueles momentos que você esvazia a cabeça e parece que você não faz parte de lugar nenhum, você entra num mundo particular que só pertence a você, só você tem a chave para entrar e sair dele. Era assim que eu estava naquele momento, no meu mundo, pensando em Julis.

- Quer se casar comigo? - Foi essa pergunta que me fez sair rapidamente do meu mundo e o encarar.

SEGREDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora