Capítulo 05

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Por favor, leiam aqui:

Olá leitores, se vocês estão se perguntando qual o motivo pra essa atualização mais cedo, a resposta vem com o que preciso contar. Primeiramente, eu arrumei um emprego, o que é bom pra mim, porém, não tão bom pra escrita e muito menos para as postagens, mas não, eu não vou parar de postar, longe disso, na verdade tenho uma boa margem de capítulos já prontos então até os primeiros meses de 2018, vocês tem capítulos garantidos toda a semana. Agora, o que muda é minha disponibilidade pra postar. Vou tentar manter as postagens as quartas-feiras, mas já não posso garantir um horário (não que eu estivesse mantendo... Mas abafa). Pode ser que um capítulo saía de madrugada (seja terça pra quarta ou quarta pra quinta) nesse horário, onde eu devia estar me arrumando pra sair, ou em qualquer outro, peço desculpas por isso, juro que vou me organizar futuramente em uma rotina.

Bom, sem mais delongas, boa leitura!

A morte, por mais que seja vista como cruel, tem um pequeno momento de solidariedade com os humanos, ela nunca busca uma alma sem antes criar uma situação que, após ela levar a alma, possa ser assemelhada com uma despedida. Seja acordar do coma ou um abraço mais forte, um "eu te amo" repentino ou qualquer coisa fora do comum que, por um descuido passa despercebido até tudo acontecer.

Rebecca estava pensando naquilo enquanto segurava o anel do noivado entre ela e Carol aquela manhã enquanto Vanessa e Diana faziam suas malas e Selena estava em algum lugar no castelo Ur arrumando as últimas coisas antes de a rainha soberana partir para voltar dali a três semanas.

A soberana suspirou de novo lembrando-se do último grande beijo que havia trocado com a amada e, inevitavelmente, como sempre ocorre com a mente humana, ela voltou ao tradicional "e se". E se ela tivesse notado que algo estava errado naquele dia?

Carol nunca era de se esconder com ela, mas naquele dia enquanto iam tomar café da manhã, a princesa de Izotz puxou a soberana para um corredor escuro e afastado e rindo baixo segredou-lhe o quanto a amava. Ambas ali fizeram juras de amor eterno e por fim o beijo, o mais longo, delicado e carregado de amor, beijo que trocaram em ambas as existências.

Era como se a princesa soubesse que algo estava para acontecer, e talvez soubesse. Carol sempre fora mais religiosa que Rebecca que preferia manter-se longe de qualquer vertente religiosa, mas nunca negava que entre o céu e a terra havia um espaço denso e misterioso demais para ser ignorado.

Na hora Rebecca não pensou, mas agora sua mente a martirizava, por que não havia percebido que algo estava estranho? Por que a morte tinha mania de deixar detalhes extremamente insignificantes separados, mas enormes ao serem unidos em uma linha do tempo?

A soberana suspirou e recolocou o anel de noivado em seu dedo o posicionando corretamente e observando no jardim a movimentação dos pássaros. Era extremamente cedo e Rebecca particularmente odiava acordar cedo embora sua função sempre a obrigasse a isso. Ela acordava, mas não era algo que fazia com prazer, ela amava mesmo virar noites a trabalho ou a lazer. Enquanto a lua estivesse no céu, a soberana tinha uma inegável energia, mas assim que a mesma sumia no horizonte e o sol vinha à tona Rebecca parecia perder todas as baterias.

— Café — Selena esticou o copo de isopor longo a soberana que aceitou calma e logo bebeu um gole do mesmo que desceu rasgando por sua garganta ressequida.

O café extremamente doce e na temperatura que ela gostava trouxe-se a Rebecca uma sensação de comodidade momentânea, a glicose afastando seus pensamentos nostálgicos e trazendo a soberana apenas o sabor permanente em seus lábios ainda sem batom.

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora