Capítulo 49

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Olá Bunnies! Sentiram minha falta?

Eu não vim quarta passada porque estou bem travada com a história, fases de bloqueio são complicadas, e não, eu ainda não escapei do bloqueio, mas tenho até o capítulo 50 escrito, então decidi postar esse hoje.

Espero que gostem, vamos conhecer um pouco mais sobre algumas histórias que foram jogadas meia boca no decorrer do livro nesse e no próximo capítulo.

Boa leitura!

Era uma casa toda plana, disposta no que Bitxia chamara de fenda entre as dimensões, impossível de ser rastreada, porém, podendo rastrear e olhar tudo a sua volta. Era um terreno enorme, com árvores, grama e a casa, mas não havia ninguém além do grupo agora formado por quatorze pessoas, Rebecca, Katherine, Amara, Bella, Citrino, Denbora, Diego, Dylan, Itzal, Camila, Fernanda, Bitxia, Diana e Sarah, está ultima, anexada ao grupo oficialmente após a queda do castelo de Sugarrak.

O enorme grupo andava um pouco disperso e afastado, haviam discutido e brigado o suficiente para estar tudo uma bagunça e eram orgulhosos ainda mais para não pedirem desculpas. O clima de pipocas e filmes de terror antes da chegada de Bitxia havia sido completamente destruído e no lugar, existiam cabeças pensantes tentando descobrir como acabar com Ona.

Talvez, quem estivesse mais perto, fosse Camila. A jovem curiosa havia devorado todos os livros e diários de Marie, e já havia passado por outras sacerdotisas que existiram pela história, sentindo seus relatos e suas histórias entrarem em sua mente e suas forças, seus poderes, em cada poro de seu corpo. Era como se houvesse um exército de sacerdotisas ancestrais guiando seus pensamentos, mas nem um pouco físico ou claro como aconteceu com Rebecca e Bitxia. Camila apenas sentia, e sentir, era parte crucial daquilo que ela estava tentando se tornar.

Uma sacerdotisa não vê o poder, ela acredita nele, e o sente. Camila havia lido aquilo em algum dos diários, e transcrito para o seu com letras garrafais grandes e chamativas. Aquela frase havia a desarmado completamente. Ela não via o poder, não via sua força ou a energia das antigas sacerdotisas, mas acreditava que estava ali, que ela tinha aquela energia consigo, e então, a sentia consigo.

Ela não se via mais forte, mas não era tola, sabia que o poder da mente estava além de qualquer vislumbre físico ou qualquer coisa que suas retinas humanas e mortais que um dia seriam enterradas junto ao seu corpo pudessem ver. O poder vem da alma e permanece com ela.

Qualquer um pode ser poderoso, basta fortalecer a alma. A alma é a verdadeira força do ser humano.

A morena escreveu em seu diário e encostou a ponta da caneta no lábio pensando em suas palavras. Não era uma crença tola, não era apenas acreditar que era poderoso, precisava se fortalecer, crer e saber no que crer.

A alma é eterna, mas sua eternidade não é apenas uma dádiva. Uma eternidade enfraquece o poder de qualquer alma, e quando ficamos com a alma frágil, nosso corpo tem seus reflexos...

Olhou ao redor, estava sentada na bancada da pequena cozinha da onde tinha a visão de Denbora sentado no sofá fingindo olhar televisão, Amara lendo um livro de medicina e Bitxia comendo pipocas.

Silêncio, dor, isolamento... Tudo isso pode demonstrar nosso traumas e feridas da alma. Às vezes tememos algo que nunca experimentamos naquela realidade, mas que já sofremos por antes, em outro momento, outra vida. Sofremos porque deixamos a alma fraca, e a deixamos fraca quando abafamos os ferimentos que, querendo ou não sempre teremos, evitando que eles se cicatrizem e se tornem aprendizados e adubo para nossa alma florescer.

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora