Mas hoje não é domingo...
Eu sei, hoje é quinta, mas me bateu uma vontade de postar, principalmente porque esse capítulo tem a participação de uma das personagens mais incríveis que já pensei e baseei em alguém. Meu amor por Caroline Gard quase se equivale ao meu amor pela pessoa em quem ela é inspirada e, embora eu tenha optado por rasões pessoais, iniciar a história com ela já morta, em nada isso diminui minha paixão pela luz que essa personagem carrega.
Espero que gostem do capítulo.
Rebecca abriu os olhos e fitou um teto de madeira clara, com alguns raios de sol batendo fracamente contra o mesmo. Ela estava em uma cama macia, os travesseiros a sua volta eram extremamente confortáveis e a coberta de pelinhos agradável contra a sua pele. Tudo naquele ambiente era propício para mantê-la imóvel ali e ao mesmo tempo em que ela questionava-se onde estava, parecia haver uma familiaridade em seu interior, como se ela estivesse onde sempre esteve ou deveria estar.
Sentou-se. Sua mente estava nublada, sem passado e sem presente. Era como se ela soubesse de tudo e ao mesmo tempo não soubesse de nada.
— Bom dia, — ouviu uma voz feminina familiar e encontrou, entrando no quarto, Carol. A mesma carregava uma bandeja com frutas cortadas e vestia um vestido branco delicado — dormiu bem?
— Sim. — a resposta, seguida de um sorriso, escapou de Rebecca antes que ela pudesse processar. — O que faz aqui?
— Vim falar com você, soube que minha ausência lhe dói muito ainda e que, mesmo que de forma inconsciente, sou um peso na relação que você está iniciando agora.
— Você não é um peso, nunca poderia ser. — Rebecca pegou a mão da loira de forma nervosa assim que a mesma sentou diante de si. — Eu te amo, você não é um peso.
— Ah Rebecca... Eu sei o quanto você me ama e também sei o quanto ama Katherine Íon, — Carol sorriu docemente — porém, atualmente, sabemos que esses amores são diferentes.
— Diferentes?
— Eu sou seu primeiro verdadeiro amor e isso nunca irá mudar. Você sempre irá me amar, eu sei disso e você sabe disso, porém, o tempo te mudou e curou seu coração o suficiente para que ele fosse capaz de encontrar um novo amor, mas seu cérebro está sentenciando isso como algo errado para você.
— Como assim?
— Seu cérebro diz que seu coração quer por alguém no meu lugar e isso não é verdade.
— Mas não é exatamente isso que encontrar um novo amor significa? Colocar alguém no seu lugar?
— Claro que não meu amor, eu nunca vou ser substituída, fiz parte da sua vida, fui amada por você e ainda sou, mas agora, ao encontrar um novo amor, a única coisa que seu coração está fazendo é me colocar no lugar onde devo estar: no passado.
— Eu não...
— Você entendeu sim. Eu ainda sou amada por você e sempre vou ter grande importância na sua vida, mas estou no passado e não vou sair de lá. Nosso tempo foi lindo e teve seu final, agora é sua vez com a Katherine e eu desejo de todo o coração, muita felicidade e luz para vocês.
— Eu te amo — Rebecca limpou o rosto molhado do choro.
— Eu também te amo.
Carol se inclinou e depositou um selinho longo nos lábios de Rebecca que ao fim do mesmo, abriu os olhos e se encontrou em outro lugar.
— Carol... — Rebecca resmungou para o nada e sorriu sentindo seu coração em paz com aquela parte de seu passado.
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...