Capítulo 16

1K 136 140
                                    

Oi, espero que estejam bem, hoje eu estou muito, muito pra baixo mesmo então não vou me demorar aqui, espero que gostem. Boa leitura

Enquanto amassava as ervas na cozinha do chalé Citrino não pode evitar pensar no que estava fazendo. Ele havia ido à busca das mulheres apenas por causa da rainha de Ur. Suspirou resignado, ele é suas patéticas promessas milenares o metiam em problemas sempre!

Olhou para o que fazia e questionou-se novamente se interferir era o correto. Talvez aquilo estivesse fadado a acontecer, talvez fosse o próprio tempo tentando proteger o selo... Negou com a cabeça. O Tempo não fazia porra nenhuma para ajudar de qualquer forma, ainda assim... Aquela seria a resolução dos problemas e ele não estaria descumprindo a promessa que fez a Rhebekka, ele estava protegendo a loira, não havia sido dito nada sobre a soberana.

Por outro lado, ele sabia que Bella arrancaria sua cabeça se ele deixasse a Santiago morrer pelo veneno contido na bala que por sinal, já estava bem alastrado a ponto de apenas seres com o conhecimento dele – ou com muita sorte – saberem como eliminar do sistema.

Mandou para o inferno os questionamentos e voltou a amassar as plantas, porém novos pensamentos vieram a sua cabeça e dentre eles, a questão de Victória Íon e o quão estranho e planejado suas ações eram.

O homem conhecia bem o jogo de xadrez que era jogado pela monarquia desde sempre, mas nunca tinha visto-o tão perto do xeque-mate, mas o que o deixava desconfortável não era isso afinal, ele sabia que governos vêm e vão, mas o olhar de Victória o deixava desconcertado. Ele sentia que ela não só participava do xadrez dos reis, mas também estava ciente do que havia em sua volta, estava ciente do jogo de xadrez perigoso travado entre os deuses e não só ciente, parecia participar.

Negou com a cabeça, Victória Íon era humana e Itzal nunca recrutava humanos por achá-los fracos e falhos demais até para as mais básicas missões que lhe fossem dadas.

Estava distraído em tais teorias quando ouviu o grito de Katherine e correu até lá achando que talvez a loira estivesse ferida, mas encontrou a mesma com Rebecca no colo. A soberana estava pálida e com as veias azuladas visíveis. O veneno estava a matando mais rápido do que Citrino achou que estava e ele sentiu que, se quisesse realmente salvar a mulher teria que ser mais rápido e também teria que torcer para que Rebecca não se entregasse facilmente.

— Bella! — gritou por apoio enquanto pegou Rebecca no colo e a levou para o quarto de hóspedes no segundo andar.

— O que... Deus! — ela exclamou assim que viu Rebecca. — Vou terminar o chá — a ruiva desceu correndo enquanto Citrino arrumou a monarca na cama sob o olhar atento e assustado de Katherine.

— Já retorno ok? — Citrino olhou a loira tentando tranquilizá-la com um olhar confiante.

— O que ela tem?

— Perda de sangue — ele não mentiu completamente.

— Ela vai ficar bem?

— Sim, nós temos algumas bolsas de sangue, Bella é enfermeira, vamos usar nela.

— Mas eu não sei o tipo sanguíneo dela...

— Porém ela, como boa soberana, já nos contou isso — Citrino virou a cabeça de Rebecca e permitiu que Katherine visse a quase imperceptível tatuagem escrito: O+.

O queixo da rainha de Ur foi ao chão o que provocou um pequeno sorriso em Citrino e a sensação de que algumas coisas não mudavam.

— Vou pegar as bolsas de sangue e o suporte, se importa de vestir ela com uma camisa?

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora