Capítulo 62

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Olá Bunnies!

Atrasei uma semana do planejado, porém voltei, como estão?

Eu lembrei que não dei um recado no capítulo passado, então vou dar nesse: O capítulo de dreamcast foi alterado com novas imagens e montagens, então pra quem gosta de dreamcast e quer conhecer o meu elenco dos sonhos para essa obra, volta ali no capítulo entre o 35 e o 36 e dá uma olhadinha.

P.S. Junto ao dreamcast também temos algumas músicas e uma playlist no spotify

Boa leitura!

Rebecca observou a parede do quarto como se todas as respostas do mundo estivessem ali, mesmo não estando, e tentou focar-se apenas na cor pintada na parede, um tom caramelo meio sem graça, nitidamente feito para ser neutro e permitir ao inquilino futuro do quarto, total liberdade de expressar-se ali.

Se aquele quarto realmente fosse dela, e ela realmente fosse ficar, provavelmente pintaria a parede de azul marino e pediria a Katherine para desenhar com tinta branca inúmeras estrelas cortando o tom escuro. Na verdade, ela era capaz de se ver ao lado da esposa, com roupas velhas e rindo sem parar enquanto alguma música tocava aleatoriamente na playlist conjunta das duas e uma pintava a outra sem autorização mais do que pintavam a parede.

Em outra vida, aquela poderia ser a sua vida, em outra realidade, onde ela não tivesse sido morta em seu próprio casamento, não tivesse vivido por séculos vida após vida em prol de uma guerra que no fim era toda feita por causa de traição e ciúmes, não tivesse sido usada e nem sequer soubesse o que era... Em outra vida, aquela poderia ser ela, feliz para caramba com a mulher que amava e sem nenhuma preocupação divina na cabeça.

Ah porra, eu realmente sinto falta de quando eu era só mortal bufou deitando para trás na cama e fitando o teto esbranquiçado.

Ali ela faria um universo, com planetas, estrelas, nebulosas... Podia imaginar onde pôr os planetas e como o sol mais próximo da lâmpada ficaria bonito, podia imaginar Carol ali, usando algumas latas de spray para dar detalhes as nebulosas e sorrindo de cima da escada, zombando de como ela gostava de segurar a escada, por mais que ela estivesse firme, apenas para garantir que a outra não se machucasse.

Em outra vida, aquela poderia ser sua vida, se Carol nunca tivesse sido assassinada, nem fosse uma alma na dimensão errada, se o mundo todo fosse diferente e seus sonhos da adolescência tivessem se concretizado.

Não seja patética, a humanidade era um saco e você sabe, estava sempre em crise, sempre com alguém querendo sua cabeça, sempre em risco ou pensando e pensando mais em como ajudar esse mundo Bitxia respondeu mentalmente a Rebecca, aproveitando-se da conexão que as duas ainda tinham.

A deusa da curiosidade estava sentada no terraço do prédio onde vivia com Bella observando a noite e as estrelas e aproveitando-se para conectar-se em paz com Rebecca e discutir sobre a vida. Ambas vinham fazendo isso há algum tempo, nas insônias de Rebecca provocadas pelas crises de excesso de poder e nas de Bitxia provocadas pela solidão, as duas se conectavam e falavam sobre tudo, ignoravam quem eram, o que faziam e a vida que estavam levando em prol unicamente de se distraírem mutuamente.

Eu gostava de fazer as coisas pelo povo. Rebecca se defendeu usando um tom ultrajado que divertiu a deusa.

Eu sei, eu sei, mas continua uma vida de merda. A deusa deu de ombros.

E o que seria uma boa vida pra você? Rebecca revidou deixando a deusa momentaneamente sem resposta.

Bem... Eu ando olhando muitos filmes, então minha concepção atual de boa vida não envolve poderes e divindades...

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora