Olá Bunnies! Como estão?
Mais um capítulo para vocês. Segurem o fôlego.
Boa leitura!
Levou duas longas e tortuosas horas, mas Camila e Lehen conseguiram não só colocar a energia de Rebecca em cada munição, como também testaram seu funcionamento em criaturas brancas criadas por Bitxia, vendo-as desaparecer em cinzas flamejantes logo após o tiro.
Katherine, que já estava com os nervos à flor da pele, foi a primeira a sair da instalação e olhar em volta. Haviam centenas de pessoas recebendo armamento ali fora, se cumprimento e falando ruidosamente, mas assim que a antiga rainha surgiu na porta, todos se calaram e, formalmente, se ajoelharam diante dela.
Naquele momento, a loira percebeu que já havia sido preparada para aquela situação anos antes, quando Rebecca fora baleada e ela se viu tendo de controlar toda a crise instaurada por sua mãe. Aquelas situações, no fim das contas, não eram tão divergentes assim. Era a mesma sensação de responsabilidade e poder, a mesma sensação de ter o mundo que a mulher que amava, sempre carregava em mãos, agora depositado nas suas.
— Olá. — Falou alto o suficiente para ser ouvida por todos assim que eles ficaram de pé. — Eu não se de que reino você veio, não sei qual a sua história, se deixou família, se perdeu família, se está aqui por vingança ou por amor, tudo que eu sei, é que vocês estão aqui graças a imagem que mulher que eu amo passa a vocês, em nome dela, para lutar por ela, e também estão aqui, me aceitando como sua rainha novamente, como há alguns anos fizeram. — Tomou um pouco de fôlego. — Eu sei que não sou Rebecca, e sei que não tenho o talento que ela tinha para mover multidões, mas peço que estejam comigo por ela, porque nesse momento, ela precisa de todos nós. Indiferente dos motivos que te trouxeram aqui, você estar aqui, te torna parte valiosa da história, e eu não poderia me sentir mais confiante de lutar ao lado de algo, se não de vocês, desse enorme exército, não pode poder físico que abrigam, mas pela coragem, porque talvez, coragem, seja o mais importante para essa guerra.
Uma salva de palmas soou, e do meio da multidão, alguém gritou o já tão manjado bordão: rainhas de verdade nunca morrem, sendo acompanhado em seguida, pelo grupo todo em coro. Centenas de vozes recitando como uma só retumbante voz, a frase que surgiu antes mesmo da volta pública de Rebecca e que, Katherine, suspeitava que se manteria até o fim dos tempos.
A monarca sabia, aquela comoção toda, aquilo tudo, era tudo para a mulher que ela amava, porque ela amava uma líder, uma verdadeira rainha, que nunca deixaria de ser, mesmo que parasse de usar uma coroa. Era por Rebecca que aqueles homens e aquelas mulheres estavam ali, preparados para arriscarem suas vidas, unicamente por respeito, admiração e amor a um ideal sempre defendido pela soberana.
— Belas palavras, senhora Santiago — Uma voz soou atrás de si, e, infelizmente, Katherine conhecia bem até demais o dono dela.
— Bartolomeu Reader — se virou enquanto o povo observou atento o possível embate, alguns até mesmo de armas engatilhadas e apontadas para Bartolomeu, que para todos os efeitos, nunca fora um aliado confiável, tão pouco, um aliado naquela batalha póstuma. —, deveria eu estar surpresa por saber o local do esconderijo dos rebeldes?
— Não. Você é esperta o suficiente para saber, desde quando era mortal, que eu sei de tudo que move o mundo. — Ele sorriu.
— O que faz aqui?
— Vim ajudar a pôr as coisas no lugar — explicou.
— Viemos, na verdade — Alice completou se aproximando com Lívia e Cassandra.
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...