Oi pessoas, eu de novo.
Espero que gostem do capítulo, curtinho porém leve e que vai deixar muitos de vocês felizes, eu acho. Nos falamos nas notas finais!
Katherine,
Faz quase dois meses que não nos falamos e sei que deve estar achando estranho eu ao invés de te mandar uma mensagem, te enviar uma carta selada, mas, eu sou uma mulher com uma alma velha como diria meu avô Alessandro e, se estou fazendo isso, é porque queria que chegasse unicamente em suas mãos e selada, pois é só a você que confio tudo o que será escrito a seguir.
Já pré me desculpo pelo tamanho desta carta, eu não quero resumir palavra alguma, sentimento algum ou sensação alguma que eu venha a ter e se está se perguntando o porquê disso, a resposta é bem simples: eu quero mostrar a você, eu.
Bom, eu nasci à noite acredita? Tinha uma tempestade horrível que chegava até mesmo a balançar as janelas do castelo. Bom, pelo menos é isso que sempre me falaram, e também falaram que no mesmo dia que eu nasci uma mulher deixou um bebê na porta do castelo, no meio de um temporal então, era pra eu ter uma irmãzinha ou um irmãozinho, mas infelizmente a criança era muito fraquinha por que assim como eu, ela também era recém nascida e não sobreviveu.
Confesso que mesmo não conhecendo a criança eu ficava bem triste ao saber disso, me imaginava no lugar dele ou dela, assustada e com frio. Acho que esses foram os primeiros pesadelos de que tenho memória e sempre quem ia me acudir era o meu avô, Alessandro.
Sempre fomos muito conectados, ele foi a primeira pessoa a ler uma história minha, mesmo que na época fossem riscos fingindo ser letras e bonecos de palito representando. Foi ele a primeira pessoa que me disse que eu podia ser o que quisesse contanto que não ferisse outro alguém para ser aquilo e nunca esquecesse meu dever com o povo.
Ele morreu quando eu tinha três anos, infarto fulminante, comigo em seus braços. Foi algo que me traumatizou muito, ele era meu confidente e a única pessoa no mundo todo que parecia ter uma resposta para todos os meus questionamentos e um conselho para todas as minhas dores. Perdê-lo foi como perder a mim mesma, perder minha ponte de confiança com o mundo exterior e mesmo que você não acredite cem por centro, eu nunca quis reconstruí-la.
Lembra-se quando falei da porta onde escondia meus sentimentos? Creio que, voltando a pensar na minha vida como uma linha, foi ali que ela surgiu, eu só a fortifiquei depois de perder Carol.
Carol, esse é outro ponto importante para conversarmos sobre. Eu a amei muito, e ela ainda está no meu coração, mas ela assume sua posição correta hoje em dia, meu primeiro amor, mas não meu amor atual. Parte de mim sempre vai amar Carol, ela fez parte da minha vida, foi a primeira pessoa que amei, mas esse amor não é mais o que me move. O amor que me move agora é o que sinto por você.
Eu te amo Katherine, desde o dia que te vi no salão do seu reino, parada próxima a janela, desde o instante em que você não se curvou e eu vi seus olhos verdes encantadores. Eu te amei quando você sorriu, te amei quando me desenhou e falou sobre a vida comigo sem pretensão alguma, te amei quando te ajudei a sair do castelo e fomos parar na casa de Bella e Citrino, te amei quando nossos olhos se encontraram naquela banheira, te amei quando nos sentamos na estufa e bebemos vinho, te amei quando nos beijamos e te amei quando acordei com você comandando o castelo inteiro depois que levei um tiro e o melhor de tudo isso é que sei que vou continuar te amando a cada pequeno gesto que você realizar se você permitir a alguém falho como eu, estar do seu lado futuramente.
Eu te amo Katherine Andrade Íon, amo cada pedaço seu, cada careta concentrada, cada sorriso bobo, cada cor que suas bochechas ganham quando fica envergonhada... Deus eu amo tudo em você, suas qualidades e seus defeitos e o meu maior desejo se eu encontrasse um gênio da lâmpada seria pedir pra viver em um mundo em que você também me ame.
Bom, eu acho que com o tempo, vou descobrir mais coisas que terei de te contar e que não me vem à mente agora, mas se você me der esse tempo, eu terei o maior prazer de fazê-lo valer a pena, cada segundo. Terei a maior honra de todos os dias da sua vida, te fazer perceber como você é linda, talentosa, amável e amada por mim.
Eu te amo, acho que já disse isso várias vezes neste texto, mas nunca vou parar de dizer, porque você é incrível e merece saber o quão incrível é todas as manhãs ao acordar e todas as noites antes de adormecer e eu quero muito ser a pessoa a dizer isso. Eu quero ser a pessoa a dizer seu primeiro "bom dia" pela manhã e seu último "boa noite" na hora de dormir. Eu quero ser quem vai te dizer "eu te amo" todos os dias.
Eu não sei como terminar essa carta, mas sei como você pode terminar essa leitura:
Abrindo a porta.
Com amor, Rebecca.
Katherine secou as lágrimas teimosas que escapavam por seus olhos e respirou fundo olhando confusa o final da carta, mas por via das dúvidas, largou-a sobre a cama e foi a passos lentos até a porta.
Assim que a abriu, se deparou com algo que nunca poderia ter imaginado: em meio a pétalas de rosas, Rebecca estava ajoelhada com uma caixinha de joias de veludo vermelho aberta revelando duas alianças de ouro e pedras vermelhas.
— O quê...?
— Katherine, você quer casar comigo?
— Eu... — a rainha de Ur não foi capaz de conter a nova enxurrada de lágrimas que vieram. — Sim! Meu deus, sim!
A soberana sorriu aliviada e ficou de pé puxando a loira para seus braços e a abraçando com carinho e felicidade. Ouvir um sim de quem se ama é algo maravilhoso.
— Eu te amo — Rebecca sussurrou pegando a mão da rainha de Ur e colocando a aliança no dedo da mulher que respirava fundo tentando parar de chorar e sorrir ao mesmo tempo.
— Eu te amo — Katherine colocou a aliança na mão esticada de Rebecca e sorriu abertamente antes de beijar a soberana e a puxar para dentro do quarto.
Aquela noite, uma forte tempestade de verão ocorria, chacoalhando os vidros como na noite do nascimento de Rebecca, mas daquela vez não era um bebê que nascia, era um amor que florescia em meio a lençóis de seda, sorrisos cúmplices, gemidos baixos e promessas para o futuro.
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Bem, estamos finalmente chegando ao final da primeira parte de APF e como sei que no próximo capítulo serão muitas coisas pra processar eu já gostaria de agradecer pelo longo trajeto que trilhamos aqui desde o dia 01/11/17. São cinco meses de conquistas como passar as 100 visualizações, as 100 estrelas e chegar a 1K de comentários! A interação de vocês é muito importante, vocês me dão força, me fazem rir, me ameaçam de morte... Essa última é meio preocupante as vezes shuashuashua
Bem, o próximo capítulo marca o fim da primeira parte e eu não posso garantir que 25 vá sair rápido, diferente da primeira parte, a segunda não foi revisada nem editada ainda porque não consegui finalizar o livro, mas estou quase e prometo me esforçar pra revisar logo.
No mais, nos vemos em breve com o capítulo 24, o último da primeira parte e que terá em torno de 4300 palavras para compensar esses pequenos.
Até, beijos LB
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...