Capítulo 37

300 31 36
                                    

Olá Bunnies, desculpem a demora, esse capítulo foi escrito ontem, as três da manhã, quando me sentei na mesa da minha casa, respirei fundo e exigi de mim mesma escrever, exigi seguir em frente.

Eu pensei que escreveria muito durante as minhas férias de duas semanas, mas não aconteceu, semana passada eu não escrevi uma linha, mas queria postar um capítulo no domingo então disse a mim mesma que iria escrever assim que chegasse do trabalho, porém, assim que cheguei do trabalho, ao invés de finalizar um capítulo, eu finalizei meu relacionamento.

Eu e a Unicorn não estamos mais juntas desde domingo e isso me quebrou de uma forma que eu nunca achei que me sentiria, mesmo sendo um término amigável, é doloroso não falar mais com quem você passou três anos da sua vida falando todos os dias, sem pausa, sem faltas... Eu só consegui escrever ontem porque realmente me obriguei a parar e me concentrar nisso. 

Eu gostei do capítulo, não posso considerá-lo meu favorito, mas é bom, e temos uma revelação nele.

Espero que gostem.

As casas do tabuleiro de xadrez se dividem em sessenta e quatros espaços brancos e pretos, distribuídos da forma com que a primeira casa no canto esquerdo seja preta e a ultima no canto direito seja branca. As peças, ao todo somando brancas e pretas são trinta e duas divididas em rainhas, reis, bispos, cavalos, torres e peões, onde o rei sempre inicia posicionado sobre a marca da cor contrária a sua.

Se pensarmos na vida como um jogo de xadrez, precisamos lembrar que embora sejamos os reis ou rainhas da nossa vida, podemos ser torres, bispos, cavalos e até peões nas dos outros, e isso não é um problema propriamente dito, a menos, que você esqueça que tem seu próprio jogo e se concentre apenas na posição que outra pessoa lhe colocou.

Independente da posição que seus pais, a pessoa que você julga ser o amor da sua vida ou qualquer outra, te colocar, você é o líder do seu jogo, a peça mais importante, ao mesmo tempo em que é o rei que precisa ser protegido, também é a peça guerreira mais forte, a única capaz de proteger o rei. Você, acima de todos, é a pessoa capaz de se proteger de tudo. Seus amigos de verdade podem até ajudar, mas no fim do dia, ao deitar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos você só terá a si mesmo para contar.

Rebecca ergueu-se lentamente, primeiro conseguindo ficar de quatro, mesmo que seu corpo todo doesse muito e em seguida, de joelhos, observando ao redor mesmo com o sangue escorrendo pelo corte do supercilho e lhe ardendo o olho direito.

Seus amigos estavam a sua diagonal, olhando abismados a presença de Itzal ali sorrindo e os encarando com seus olhos opacos, Marie era a que estava mais próxima de si, mas ainda assim longe, e diante de si, estava a deusa segurando a perigosa adaga contra a garganta de Argia.

— Levante-se Rebecca — ela ordenou fazendo Rebecca a encarar diretamente, os olhos flamejando de raiva, da outra e de si mesma por ser tão tola e não ter percebido como estava tudo fácil demais.

Foi estúpida de pensar, mesmo que apenas por um segundo, que a responsável pela queda misteriosa do livro fosse Lehen tentando, depois de tanto tempo, os ajudar. Claro que não havia sido, aquilo era tudo parte do plano dela para voltar a dianteira da partida. Ela tinha o livro em mãos, mas não sabia decifrá-lo, então, usou da ingenuidade de Camila para por todos a descobrirem a localização e então, pegar a arma antes que eles chegassem. Um plano ardiloso e inteligente, como ela. Se havia uma coisa que, mesmo com raiva, Rebecca se via obrigada a assumir era a inteligência de sua adversária.

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora