Capítulo 65

162 21 37
                                    

Olá Bunnies!

Como estão?

Hoje tem um pouco de lavação de roupa suja, uns podres expostos e a volta de um personagem que tinha sumido e algumas coisas novas.

Espero que gostem, boa leitura!

Os relógios marcavam oito e dez da manhã, mas o tempo do lado de fora não parecia concordar com o horário. O céu ainda estava tão escuro quanto esteve pela madrugada, se não mais, e, as luzes dos postes nas ruas e dos apartamentos em que os donos estavam despertos por qualquer que fossem suas razões, indicavam, claramente, que sem elas, não se era possível ver com clareza.

Havia também raios cortando o céu, seus tons variantes, desde azul até vermelho, longos e chamativos, sendo seguidos, fielmente, pelas altas trovoadas capazes de fazer os vidros das janelas fechadas e abertas chacoalharem com o impacto, indicando de forma não totalmente certeira, para quem quisesse contar, há quantos quilômetros aquela descarga elétrica havia caído.

— Com certeza é Ona. — Bitxia resmungou incomodada, não só com o tempo, mas também com o gritante poder que a outra tinha, e acabou por cruzar os braços sem desviar os olhos da janela.

— Ela também controla o tempo?! — Will questionou surpreso e confuso. Sua visão de deuses e poderes ainda era de certa forma limitada, o que significava que ele acreditava que cada deus podia mexer com apenas uma coisa, como fora ensinado por outras mitologias, entretanto, aquele não era o caso.

Embora cada deus fosse alimentado apenas por uma energia, todos conseguiam manipular tudo no universo criado por Lehen, bastava apenas terem energia suficiente para o fazê-lo.

— Ela é o caos, o que é mais caótico que uma tempestade? — Itzal bufou. — Alguma coisa? — Se voltou para Fernanda.

— Nada. Só dá caixa postal — A loira suspirou já sem muitas esperanças.

— Hã... Gente? — Sarah chamou a atenção de todos erguendo de trás da almofada que havia no sofá o celular descarregado de Camila, acabando com os últimos resquícios de esperança de Fernanda e mergulhando o grupo num poço de confusão e aflição.

As sete da manhã, o grupo havia percebido que Camila, Dylan e Katherine não estavam em lugar algum, e tão pouco respondendo as ligações recebidas, mas ainda assim havia certa esperança de que eles apenas tivessem saído, juntos ou não e ficado sem bateria durante a saída, entretanto, achar o celular de Camila na sala afundou aquelas já fracas esperanças de que tudo não passasse de um passeio.

— Como três dos nossos somem sem deixar rastros em uma noite? — Itzal questionou irritada.

A perspectiva de perder Dylan não lhe agradava nem um pouco, e quanto mais os minutos passavam, mais ela tinha noção de que provavelmente ele não podia se comunicar com ela, porque se fosse em uma situação normal, ele já teria dado um jeito de mandar até mesmo um sinal de fumaça. Até quando estava chapado Dylan lhe dava notícias, porque justo agora que estava sóbrio e completamente consciente ele não o daria? Não fazia sentido, a menos que seus piores pesadelos tivessem tomado para si a realidade.

— Isso não é um bom sinal? — Astéri se intrometeu apontando a janela.

Desde que o grupo havia se reunido no apartamento de Fernanda e Camila, ela não havia falado absolutamente nada, ficara apenas analisando as ações do grupo, sem argumentar, discordar ou opinar. Quando questionada, ela justificou que não eram os entes queridos dela que haviam desaparecido e que não queria falar algo errado, porém, com aquela frase ela parecia ter jogado no lixo o desejo de não se envolver.

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora