Olá!
Hoje é dia 31 de dezembro e como eu disse nos avisos, eu sou a louca dos números pares, logo, por que não terminar o ano com 10 capítulos postados ao invés de 09?
Eu sei que o final do capítulo anterior foi bem tenso então esse capítulo traz algumas revelações e é sem muitos tombos, só pra fechar 2017 legal.
Boa leitura!
Bartolomeu Reader saiu da limusine ajeitando o blazer em seu corpo e em seguida olhou para a fachada do castelo de Ur. Definitivamente não era o com mais destaque arquitetônico nem externo nem interno, mas não podia ser considerado feio. Era grandioso como todos, abrigava a família real, os ministros, e tudo que fizesse parte do sistema de governo do reino, inclusive, a bancada religiosa criada por Victória e deposta na semana seguinte por Rebecca, mas que ainda estavam ali aproveitando a instabilidade política.
O homem sorriu sozinho enquanto deu seu nome e teve, como em todos os reinos, entrada livre. Bartolomeu Reader era, num jogo de cartas, o verdadeiro coringa, imprevisível em sua função. Todos queriam a lealdade dele, afinal, todos sabiam que ele era o homem que sabia tudo sobre todos, mas lealdade... Ninguém nunca havia visto essa palavra e o nome de Bartolomeu na mesma frase, mas também não haviam visto anexado a traidor.
Eis que, de certa forma, Bartolomeu era um típico informante "leva e trás". Ele tinha acordos em todos os reinos, lados em todos os jogos, informações sobre todas as disputas... Ele sabia tudo sobre tudo e dizia tudo a quem pagasse melhor, ou dizia tudo a todos apenas para ver, de fora, o circo pegar fogo.
Confiabilidade não era algo com que se podia contar em relação a Bartolomeu, ele era um homem que jogava no lado que estava ganhando, mas não pensaria duas vezes em virar as costas para tal lado se uma oportunidade de virada surgisse.
Porém, ali estava ele, carregando uma pasta recheada de informações que só ele sabia e seguindo em direção, não de Victória, mas de Katherine. Aquela manhã ele tinha assuntos a tratar com a princesa, sua mais nova aposta de vitória. Seus "passarinhos" já o haviam informado sobre todos os passos e Bartolomeu via de longe potencial na garota, não só para o que estava planejado como também para ter Rebecca ao seu lado e o apoio da soberana aumentava a estimativa de vitória de qualquer um, era fato.
O caso era que, Rebecca sabia exatamente o tipo de pessoa que Bartolomeu Reader era e por tal conhecimento, não era adepta a dar muita corda ao homem, algo que deixava-o frustrado, mas ele sabia que Katherine Íon seria a ponte perfeita entre ele e Rebecca pelo simples fato da soberana simpatizar e muito com a princesa.
— Até demais... — riu consigo mesmo antes de bater na porta do escritório de Katherine que já o aguardava.
— Entre — ouviu a voz da princesa e entrou no escritório organizado com um sorriso.
— Bom dia princesa Katherine, eu sou Bartolomeu Reader — se apresentou indo até a garota que aquela manhã vestia-se formalmente com uma calça social preta e uma camisa branca.
— Bom dia senhor Reader — Katherine ficou de pé apertando a mão esticada de Bartolomeu formalmente.
O homem sorriu de canto percebendo a pequena mudança na garota, menos avoada, mais centrada em parecer séria e não uma pintora livre e, numa olhada rápida por sobre a mesa, ele pode ver que ela estava estudando o código de leis do reino, o código de leis da união e as emendas.
— Sente-se, por favor. — ela indicou a cadeira e fechou os livros os organizando ao lado deixando um espaço significativo, em branco entre ela e ele — Ao que devo sua visita?
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...