Capítulo 58

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Olá Bunnies!

Olha quem voltou rapidinho dessa vez não é?

Esse capítulo saiu bem grande porque estamos começando a jogar algumas coisas no ar mais claramente e também porque minhas conversas no grupo da história e uma leitora levemente surtada com minha mania de assassinar todo mundo **cof cof reyllow cof cof** e minhas queridas _ayadragon_ e BeaBrida me deram uma ótima ideia de algo que eu já queria falar, só não tinha abordado ainda.

Boa Leitura...

Rebecca observou a sala quando se sentou no sofá. Era ampla, com janelas grandes e alguns vitrais com desenhos naturalistas, de paredes caramelo e móveis de estofamento claro e madeira escura. O formato oval dava uma ilusão que triplicava a amplitude já existente do lugar, os móveis eram bem distribuídos, sem deixar o local vazio demais, nem muito carregado. Não era um ambiente onde se podia falar e o som ecoar pelas paredes repetindo-se incessantemente, mas também não era a definição de aconchegante.

— Aceita um chá? — Ona questionou parando de pé do outro lado do tapete felpudo acinzentado que delimitava um retângulo de sofás e poltronas com uma baixa mesa de centro marcando o meio do espaço.

— Não, obrigada. — Rebecca tirou a jaqueta dobrando-a sobre as coxas sem se importar com o fato da mesma estar molhada ainda.

— Isso é muito estranho — Ona suspirou sentando no sofá que ficava de frente para o que Rebecca havia escolhido e colocando o cabelo para trás da orelha nervosamente.

— Você achou que eu não viria? — Rebecca encarou a deusa curiosamente.

— Dado ao tempo passado, de fato achei. — Ona assumiu dando de ombros.

Uma das criaturas que ela havia criado entrou na sala tomando a atenção de Rebecca completamente. A morena, assim como qualquer outro ser exceto os cavaleiros, nunca havia visto aquelas criaturas e o estranhamento era compreensível, Ona até mesmo esperava por ele, mas surpreendeu-se ao notar que o olhar de Rebecca não carregava confusão ou medo, e sim, uma profunda curiosidade que chegava a lembrar Bitxia, mas tinha um toque diferente.

Ona não saberia dizer o que exatamente era, mas quanto mais olhava Rebecca, mais via que, embora semelhantes, até nos trejeitos que faziam igualmente, a deusa da curiosidade e a morena tinham formas de realizar, e toques, distintos. Se fosse para definir algo, Ona nunca seria capaz de dizer que elas eram a mesma pessoa, pareciam apenas gêmeas, com rostos iguais, mas vidas distintas.

— Você os fez? — Rebecca questionou assim que a criatura aproximou-se esticando as mãos indicando que queria o casaco. — Obrigada — Acenou a sombra educadamente depois de entregar a ela a jaqueta úmida.

— Sim. — Ona respondeu observando atentamente a criatura se retirar.

— Não falam? — Rebecca também observou na mesma direção.

— Ainda não. Criar não é minha função, estou indo contra a natureza das coisas, preciso de tempo para destruir o equilíbrio universal — A deusa debochou e Rebecca riu baixo.

— Sabe, Itzal me disse algo que acho que se encaixa para você também Ona. Ela disse que o universo não erra, logo, se você cria, é porque pode criar, só que está descobrindo aos poucos como o fazer. Ela disse que nenhum de vocês surgiu sabendo do que era capaz então, basicamente, você ainda pode estar descobrindo o que consegue fazer. — A morena desatou a falar deixando a deusa diante de si muda.

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora