Olá pessoas! Como vão?
Hoje eu trouxe um capítulo que pode deixar vocês meio confusos então qualquer dúvida podem comentar que eu esclareço o máximo possível sem spoilers.
Eu espero que gostem. Boa leitura
Dois meses e meio depois
Lidar com decepções nunca foi algo que Rebecca soube fazer, decepcionar aos outros a destruía dez vezes mais ser decepcionada, então, quando os pesadelos começaram e ela pediu para Katherine ir para o próprio castelo e viu o olhar magoado da rainha de Ur, ela sentiu-se quebrar novamente e em resposta aos sentimentos que pareciam transbordar a fazendo chorar noite e dia ela começou a trabalhar dez vezes mais que antes e a dormir dez vezes menos, fosse por passar horas no escritório revisando coisas que não precisavam de revisão ou por simplesmente acordar aos gritos com a sensação de que seu coração estava sendo arrancado do peito.
Inegavelmente, depois do surgimento misterioso de Bella no castelo, os pesadelos de Rebecca caíram gradativamente de intensidade e frequência, mas a situação entre ela e Katherine não melhorou. Ambas estavam sem se falar a um mês e meio e tudo parecia meio borrado na vida da soberana e mesmo que ela não tivesse noção, na de Katherine também.
— Rebecca você não é um sapo — Diana, que estava sentada a frente de Rebecca disse de repente, impulsionada pelo cansaço que a situação de Rebecca havia criado nela.
— Quê? — Rebecca ergueu a cabeça dos papéis que lia e olhou a guarda questionando-se se a mulher havia enlouquecido.
— Se você colocar um sapo em uma panela de água e colocar no fogão vai ver que o sapo vai ir se ajustando a temperatura enquanto ela sobe, quando a água fica muito perto de ferver, ele tenta sair da panela, mas está cansado demais para pular pra fora e acaba morrendo — Diana explicou.
— Não entendi nada — Rebecca suspirou tirando os óculos.
— Você não é um sapo, mas insiste em ficar se adaptando onde não devia, insiste em gastar energia se adaptando a algo que vai te sucumbir. Você é mais esperta que um sapo Rebecca, por que não saí desse circulo vicioso que é a sua vida?
— Circulo vicioso?
— Sim, por deus! Cada vez que você encontra uma adversidade interior você afasta todos e se acostuma com a dor de estar sozinha. Você não é um sapo para não saber a hora certa de sair da água, você é um ser humano que, por mais falho que seja, sabe quando está na hora de rever suas atitudes.
— Diana...
— Não, a mim não! Não me venha com as desculpas esfarrapadas que você dá a todos! Eu estou cansada Rebecca, cansada de sempre te ver sucumbindo, caindo, e é sempre você que provoca isso a si mesma. Você precisa curar esse buraco que há em você, que havia antes de Katherine, antes de Carol, antes de tudo. Você precisa se curar dessa sua insegurança, dessa sua incapacidade de se manter perto dos outros...
— Eu não sei o que fazer Diana! — Rebecca explodiu. — Você acha que eu gosto disso?! Que eu gosto de guardar tudo pra mim? De não me achar no direito de desabafar? De não me achar no direito de amar?!
— Eu acho que você também não aguenta mais, então pro seu bem e pro bem de todos, vá naquela droga do cemitério e se resolva! — Diana se levantou e saiu do escritório deixando uma Rebecca de queixo caído para trás.
A soberana olhou a porta bater e depois para a mesa de madeira escura a sua frente antes de cobrir o rosto com as mãos e suspirar. Ela sabia que tinha que fazer, mas como fazer suas pernas se moverem para algo que, mesmo fingindo que não você teme? E Rebecca temia encarar o passado, porque o passado não era apenas dela, era de muitas pessoas.
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
Viễn tưởngO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...