Olá Bunnies! Eu voltei, mas quase achei que não voltaria esse domingo, o caso é que, já tinha 42 capítulos escritos, só que eu lembrei que tinha que tirar uma parte que não estaria mais na história (talvez essa parte tenha um conto próprio um dia, não sei) e ao reler eu vi que tinha muita coisa, muita coisa mesmo, soando mais como um rascunho que um capítulo então eu comecei a organizar e deletar e reescrever partes pra que se ajeite essas coisas, o que significa que agora eu só tenho esse capítulo e o 32 prontos. Então caso haja algum atraso (estou me esforçando pra não rolar) eu sinto muito.
Agora, aproveitem o capítulo, dessa vez maior jsdhfsdjn
Amo vocês
Rebecca adentrou na sala imponente. Usava aquela noite uma calça preta, botas de salto, uma blusa vermelho sangue e uma jaqueta preta por cima, o rosto estava livre de maquiagem e os cabelos soltos estavam revoltosos.
— Aceita algo senhorita? — observou a criada de olhos leitosos pelo encanto de Bartolomeu. Nem em um milhão de anos a mulher saberia que quem estava servindo era Rebecca Santiago.
— Não obrigada. Onde está Bartolomeu?
— O senhor Reader está no escritório resolvendo alguns problemas, deseja que eu mande alguém chamá-lo?
— Por favor — a fênix acenou e a criada anuiu antes de se retirar fechando a porta da biblioteca atrás de si.
Sozinha no cômodo, Rebecca andou por entre as prateleiras deslizando lentamente a ponta dos dedos pelas inúmeras lombadas ali presentes. Velhas e novas, histórias que pareciam sussurrar-lhe no ouvido a simples palavra "leia" numa intensidade que fazia os pelos de seu corpo se arrepiarem.
— Sua paixão por livros é curiosa — virou-se assim que ouviu a voz de Bartolomeu e recebeu de bom grado o copo de uísque que o mesmo lhe entregou ao passar por ela.
— Por que curiosa?
— Seu sagaz desejo de conhecer outras histórias quando já têm inúmeras suas para pensar... Se bem que ficção é ficção, existe certo encanto no irreal que, mortais e imortais dispõem-se a ter.
— Na verdade acho que todos os seres tem um complexo de cuidar da vida alheia, seja olhando a rotina do vizinho do lado ou lendo um livro de ficção e imaginando que isso, em alguma dimensão paralela pode ser real. A segunda opção evita problemas com a justiça por estar espionando alguém.
— Sugere então que tudo se baseia na mais ínfima curiosidade?
— Sim, o quintal do vizinho é sempre mais verde, a vida do amigo mais interessante, o trabalho do colega mais simples... Analisamos a vida alheia e demarcamos marcos para padronizar a nossa. Normalmente colocamos a das pessoas ao redor em extremos, ou muito melhor que a nossa ou muito pior. Motivo de inveja ou de riso, simples assim.
— Simplificando assim faz sentido — Bartolomeu deu de ombros encarando a fênix.
— Porém não podemos nos enganar, nada nas mentes humanas ou divinas é simples. Podemos traçar padrões comuns de pensamento, mas cada um executa esses padrões de uma forma diferente e alguns inclusive fogem deles completamente.
— A humanidade é uma merda confusa — Bartolomeu resumiu dando de ombros novamente e terminando sua bebida, deixando o copo na mesa ao fundo da biblioteca.
— Errado. A existência é uma merda. — Rebecca terminou o seu e largou o copo ao lado. — Onde ele está?
— Subsolo, e devo admitir que ás vezes não entendo porra nenhuma do que fala. — Bartolomeu abriu a passagem na parede e ambos começaram a descer as escadas íngremes e estreitas. — Tem momentos que parece que o cérebro dele fritou. Ou está fritando.
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...