Olá Bunnies, esse capítulo já havia sido escrito e postado no dia 08/08, porém, eu havia detestado o resultado da primeira parte com todas as forças e, diante disso, após algumas complicações pessoais, o reescrevi.
Espero que esteja melhor, kisses, LB
Rebecca abriu os olhos e não tinha certeza da onde se encontrava, ou pelo menos, por um momento, não teve. Tudo que a morena se lembrava era de estar deitada encarando o teto e esperando o sono vir após uma das conversas com Ona e então ali estava ela, de pé, observando um rio.
— Bonito, não é? — Uma voz soou ao seu lado a surpreendendo já que, até o momento da fala, Rebecca acreditava piamente que estava sozinha.
Ao virar-se a morena teve uma visão um tanto quanto surpreendente, afinal, encarar a pessoa ao seu lado era como encarar um espelho. Ao seu lado estava uma versão sua, sua última versão humana, Rebecca Santiago, trajada no vestido vermelho de sua coroação, com os cabelos longos presos apenas na parte de cima num penteado delicado e a coroa de ouro e brilhantes sobre sua cabeça.
— Estou sonhando? — Questionou a si mesma.
— Algo como isso. — A outra respondeu. — Na verdade, você sabe, em tese, porque estou aqui.
— Está aqui porque todas estão, me enlouquecendo e me causando enxaqueca — Rebecca acusou fazendo sua versão do passado rir.
— Eu era tão dramática assim?
— Acredite, todas fomos. — Uma terceira figura se intrometeu no diálogo fazendo Rebecca virar-se para encará-la.
A versão recém-chegada Rebecca reconheceu como a sua primeira versão de fênix da qual se lembrava: Rhebekka. Usava um vestido azul celeste de seda fina, os cabelos estavam trançados e havia uma mecha em destaque entrelaçada a uma corda vermelha e segura na ponta por uma presilha de prata, material que era abundante e simples naquela época.
— Ok, podem esquecer nossos pontos de personalidade em comum por um segundo e me explicar o que está havendo? — Rebecca pediu olhando de uma para a outra.
Era naturalmente estranho ver duas pessoas iguais a si ao seu lado, pior ainda era falar com elas, sobre si mesma, ou elas mesmas... Na verdade, aquela situação era um combo de estranheza mental com o qual Rebecca não sabia como lidar.
Se fosse para ser sincera, desde que acordou de volta a vida na cama da fortaleza com Marie cuidando de si Rebecca sabia que não tinha despertado só. Não era apenas as memórias, não era apenas as sensações, era cada personalidade que ela já teve cutucando sua mente, procurando um espaço para sair e dominar. Desde que acordara Rebecca não se sentia alguém, ela se sentia uma casca cheia de alguéns brigando pelo controle central e, sem saber lidar com aquilo, Rebecca montou uma estratégia de defesa: apegou-se a sua última vida dando controle maior a ela para silenciar as outras e como mecanismo de proteção a esse controle usou a memória de Carol.
Ona estava certa em dizer que ela não havia deixado a ex noiva descansar, ou melhor, estava certa em partes. Rebecca havia superado a perda da mulher que amava quando era mortal, após rever o espírito graças a Denbora e todos os acontecimentos, havia superado tanto que havia decidido se casar com Katherine, algo que nunca faria se ainda amasse uma mulher inalcançável. Em sua vida mortal Caroline Gard havia se tornado apenas uma boa memória de um grande amor, mas assim que se viu de volta a vida, Rebecca precisava de um apoio, alguma emoção forte o suficiente para manter seu último eu mortal com mais controle sobre sua mente que os outros, e inegavelmente, a coisa mais intensa daquela vida, havia sido o amor por Caroline.
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Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...