Olá Bunnies!
Eu ouvi um finalmente?
Sim, eu sei que esse capítulo especial demorou e talvez ele não seja perfeito, mas o escrevendo eu descobri como é complicado por em palavras um passado que está só na nossa mente, mas eu tentei.
Espero que gostem.
Anos iniciais de algum mundo...
O que você faria em nome do amor?
Acredite, essa pergunta me corroeu pelos primeiros anos da criação porque ao ouvi-la eu percebi que não sabia o que era o amor.
Talvez eu não devesse ter questionado a Argia pensando que ela, como uma deusa, saberia melhor que eu, Argia sabia tanto sobre o amor quanto eu, ou seja, um amontoado de nadas que juntas, não fomos capazes de transformar em algo, mesmo beijando e ficando como os humanos faziam, ainda assim, não conseguimos a resposta.
Hoje olhando para aqueles momentos dos quais eu não meu arrependo, percebo que meu maior erro foi tentar sintetizar por ações, algo que precisa ser sentido e que, embora muitos sintam "sintomas" semelhantes, não é nunca a mesma coisa para todos.
O amor não pode ser descrito em uma fórmula exata. Ele é mutável, adaptável a cada situação que lhe é imposta, ele é maleável e esperto, surge de inúmeros detalhes ou simplesmente do nada, só há uma coisa certa sobre o amor: ele é forte, e quando vem, não há como escapar.
— Você se perde com facilidade olhando essas flores espinhentas — ouvi uma voz próxima ao meu ouvido e me virei sorrindo.
— É uma habilidade — pisquei e lhe arranquei uma gargalhada doce.
Falando sobre o amor, e retomando os sintomas, eu tenho alguns quando vejo Aikaterhíne, tenho as tais borboletas no estômago, o suor na mão e as batidas frenéticas do coração, mas, não tive tudo isso a primeira vez que a vi.
A primeira coisa que meu cérebro processou quando a vi foi que ela era uma das mais deslumbrantes mulheres com quem eu já havia cruzado, depois, que sua voz era incrivelmente doce, porém firme e não menos importante, eu notei que ela me atraía profundamente, mas antes mesmo de saber o que era amor, eu sabia o que era atração e que os dois, embora parecidos a uma olhada desatenta, não eram a mesma coisa.
— Ok senhorita cheia de habilidades, o que faz aqui sozinha?
— Estava cuidando do jardim — dei de ombros.
— Isso explica os arranhões — se referiu aos pequenos vergões e cortes em minhas mãos e braços provocados pelos espinhos.
— Sim — acenei.
— Por que cuida de algo que te machuca? — questionou me deixando surpresa já que normalmente eu era a mulher das perguntas.
— Bem elas são lindas e delicadas e assim como as outras também merecem poda e cuidados na terra.
— Mas elas têm espinhos que machucam.
— Nós também, humanos, fênix, todos tem espinhos que machucam despretensiosamente os outros, alguns por querer e outros sem querer como as rosas fazem comigo. Mas não é por causa desses espinhos que desistimos uns dos outros, então por que seria por esses espinhos que eu desistiria dessas flores?
— Em parte, você tem razão, mas ainda assim é um esforço grande.
— É sim, mas vale a pena, por que assim que retiramos os espinhos — peguei uma das flores do cesto e estiquei a ela — ela se torna uma das mais lindas flores que já vi.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III
FantasyO mundo é um tabuleiro de xadrez onde somos reis de nossas próprias partidas e peças das partidas que ocorrem a nossa volta. Rebecca acreditava que seu mundo girava em torno de manter-se sã como rainha de um mundo, superar a morte da noiva e evitar...