Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e III

Capítulo 51

Olá Bunnies! Não, eu não saí do bloqueio criativo ainda :( porém, esse capítulo estava guardado bem quietinho na pasta do volume 3 e a burra (muito burra) aqui, achou que já tinha postado ele, então esse vai ser meu presente de natal pra vocês.

Houveram algumas apostas e certezas sobre quem havia chegado no capítulo anterior... Mas será que vocês acertaram?

Boa leitura <3

Chegadas e partidas são pontos curiosos em toda a vida humana, e também são eles que definem mudanças na maioria das vezes. Chegadas podem trazer o frescor de algo novo ou o peso de uma bagagem de passado que aquela pessoa trás, partidas por sua vez, podem trazer o sentimento de solidão e tristeza, mas também podem trazer a magnificência do alívio.

Deixar algo ir, na maioria das vezes, é abrir espaço para que outra coisa chegue. Deixar que alguém amado se vá, para seguir seu próprio caminho, é uma abertura para que outra pessoa, talvez mais preparada para uma vida com você, finalmente se aproxime ou ainda, permitir que um ente querido parta em paz, é a oportunidade para se reformular e dar ainda mais valor aos que restaram.

Chegadas e partidas moldam as concepções humanas de vida, demonstram que nada nunca permanece igual, não importa quanto tempo tenha ficado daquela forma. Esses pequenos momentos são motores que impulsionam a vida, nos fazem questionar os porquês daquela situação, nos instigam a lutar para que o pequeno broto que essas partidas e chegadas criam, se desenvolva, apenas para podermos ver suas flores.

Os brotos deixados por cada partida e cada chegada, são as flores que colorem sua vida logo em seguida, são os tons e perfumes do depois, são a marca clara de que, nada que aquele primeiro momento causou vai ficar daquela forma eternamente.

Nenhuma dor e nenhuma alegria são eternas, afinal, todas as criaturas são feitas de fases, e naquele momento, havia um monte de brotos se formando sobre o piso da cozinha da casa de Bitxia enquanto a mulher não convidada, andava de um lado para o outro, aguardando que todos se ajeitassem e fossem vê-la.

Ela sentia o nervosismo de todos transpassando pelas paredes, chegando a sua pele, quase sufocando-a. Sua confiança estava se esvaindo com uma velocidade surpreendente, em poucos minutos de espera ela já não era mais a mulher imponente que peitou dois mortais e pediu para que eles reunissem o grupo e anunciassem sua chegada, e tão pouco ela era a mulher que estava sendo todos aqueles meses procurando incansavelmente a verdade e uma forma de deter Ona. Quanto mais o tempo passava e mais a energia dela a circundava, menos ela se sentia imponente e mais se sentia necessitada de um abraço.

Quando mais a energia de Bitxia se encontrava com a sua, mais Astéri sentia-se pronta para desmoronar.

Os problemas das máscaras de força são dois, ou elas têm prazo de validade ou basta apenas um toque, uma proximidade da pessoa certa, para elas se romperem por completo. Astéri estava vestindo sua melhor e mais imponente máscara de força desde que despertara, sendo a mulher de negócios, corajosa, em busca da verdade e sem medo algum de qualquer coisa ou pessoa, e a máscara estava firme em seu rosto, até aquele momento, até estar a tão poucos metros do amor de sua vida, do amor de todas as suas vidas.

Se existe algo capaz de quebrar qualquer barreira, não importa quanto tempo ela esteja presente ou quão grossa seja é o amor verdadeiro e correspondido.

Correspondido... Aquele era o foco do amor. Nem todos os amores são poderosos, alguns são extremamente destrutivos, aqueles amores que não são correspondidos da mesma forma, na mesma intensidade ou com as mesmas intenções são mortais, assassinos de almas e corações, mas aqueles correspondidos, aqueles que unem e que estão sintonizados na mesma intensidade, esses sim são poderosos. Amores correspondidos, e apenas os correspondidos, são capazes de salvar o mundo, todos os mundos.