Capítulo 54

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OLÁ BUNNIES!!

Chegamos a 1K de votos! Eu to tão feliz gente, confesso que nunca achei que iria bater essa marca, mas graças a vocês, leitores maravilhosos que sempre estão aqui, chegamos e isso é uma conquista nossa.

Eu ainda não tenho um especial pra esse marco, mas vou pensar, caso você, até vocês mesmo que nunca comentou, tiver uma ideia, pode deixar aqui, vai ser muito bem aproveitada, eu juro!

Agora bom capítulo.

— Você ouviu umas boas verdades hoje — Denbora comentou assim que entrou na cozinha e observou Lehen de costas bebendo uma caneca de chá e olhando a noite estrelada pela ampla janela.

— Você também não — Lehen mandou-o parar.

— Eu também não o quê? Não tenho direito de dizer o que acho de suas ações?

— Não, não tem. — a mulher respondeu firme. — Nenhum de vocês estava no meu lugar Denbora, eu não lhe julgo pelas decisões que toma em sua vida, não lhe julguei por partir o coração de Bella inúmeras vezes e ainda achar ruim quando ela te deu um pé na bunda definitivo, assim como não julguei a Bitxia por trair a mulher que dizia amar, não importa o quão louca Ona possa ter ficado, mas de repente, não ter julgado Ona por agir de acordo com sua natureza se tornou meu maior pecado — a deusa se virou para ele — Não julgar vocês é aceitável, mesmo que suas ações, principalmente as suas Denbora, sejam extremamente condenáveis também, mas ter feito isso com Ona, ter lhe dado esse livramento de julgamento e pitacos é errado?

— Você está sendo injusta sobre Bitxia, não está analisando o contexto — Denbora defendeu a irmã e Lehen riu baixo negando com a cabeça.

— Eu posso usar essa mesma frase genérica para defender Ona, você também não está olhando o contexto dela de mulher abandonada e sendo culpabilizada por todos os erros humanos. — Lehen devolveu fazendo Denbora calar-se momentaneamente sem argumentos. — Quando decidi que não julgaria nem me envolveria com nenhuma situação, foi nenhuma mesmo, nem vocês, nem Ona, porque vocês e Ona não tem muita diferença. — acusou por fim.

— Não queremos destruir inúmeras vidas inocentes! — Denbora revidou saindo de seu torpor, irritado com a comparação.

— Bem, vocês não perderam espaço nenhum com a chegada dessas vidas inocentes que nem sequer são tão inocentes assim. — Lehen bufou. — A humanidade é responsável por seus próprios erros, suas próprias ações os levam em direções que eles mesmos, sem nem perceber decidem, mas são egocêntricos o suficiente para acharem que existe algum mal que os faz agir de alguma forma, quando eles são o próprio mal.

— E por que você, a toda poderosa "Deus", não acaba com isso? — Denbora debochou.

— Por que você não para o tempo antes de uma pessoa morrer e a salva? — Lehen o encarou.

O homem se calou travando a mandíbula em irritação.

— É tão simples julgar não é Denbora? É tão simples achar soluções quando a situação não depende de você. — A deusa sentou batendo as longas unhas pintadas de branco no mármore da bancada da cozinha. — Eu não sou o monstro insensível e irresponsável que você gosta de imaginar. Eu aceitei as criticas de Rebecca e a ouvi calada porque ela tinha razão, ela é só um fragmento de alma que recebeu mais responsabilidade que todos os outros, até mesmo mais que os deuses, mas de você eu não vou ficar apenas ouvindo. Você quer me julgar como a droga de um juiz? A partir do momento que você decide que tem esse direito, eu tenho como fazer o mesmo.

Trilogia A Primeira Fênix - Livro I, II e IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora