VII - Aquelas velhas Canções (3)

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Não muito distante há um armazém fechado. Em sua fachada ainda persiste a antiga placa com os dizeres de a venda com números de contato quase apagados.

Dentro ecoa pelo imenso espaço vazio sons de um teclado em uso por mãos frenéticas. É Johnny digitando sem tirar os olhos do monitor. Na sua frente as outras telas transmitem noticiários de vários países. Ele olha para um relógio de pulso que está sobre a mesa ao lado do teclado, interrompe sua atividade, se levanta, veste seu paletó que estava no recosto de sua cadeira, olha novamente para o relógio e o guarda no bolso de sua calça. Caminha passando pela mesa e por vários monitores que se desligam sozinhos ao se afastar deles, mais a frente transita ao lado de uma comprida mesa de metal com inúmeras peças eletrônicas, muitas desmontadas, e para diante de uma moto com aparência de recém-comprada. Põe o capacete, monta no transporte e segue passando pelo interior do armazém mal iluminado até alcançar o portão de saída que abre sozinho ao se aproximar. Do lado de fora ele fala em tom de comando:

– Lady Lucy. Iniciar atividade Cofre Forte.

A resposta vem na voz de uma jovem no áudio de seu capacete:

– ATIVIDADE INICIADA.

A Moto se afasta das mediações do armazém seguindo pela estrada empoeirada até chegar ao asfalto de onde é possível avistar os edifícios da cidade.


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