VIII - A Noite Mais Escura (5)

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A chuva cai de forma intensa abençoando o solo enquanto castiga os demais. O trovão ruge, os raios queimam os céus e todo o conjunto de ações desse fenômeno da natureza faz parecer um espetáculo para quem se encontra seguro e abrigado em seu lar.

Dentro do casarão de uma das fazendas dos Campos Verdejantes se encontram Branco, Bella Anna e Juarez em círculo, um de costas para o outro, todos em posição de contra ataque vigiando cada janela da sala. O som alto da tempestade adentra invadindo as estruturas provocando-lhes inquietação, Bella Anna é a primeira a falar desde o aviso de Juarez:

- Juarez. Sei que não é adequado questionar assim, mas por que acredita que estamos sendo atacados logo aqui em uma das instalações do Otelo? Isso não seria no mínimo loucura?

- Você passou tempo demais aqui, senhorita Anna. Não faz ideia de como as coisas mudaram entres os considerados antigos aliados.

- Dá para ser mais específico, por favor?

- O que Juarez que lhe dizer, Anna - Intervém Branco - É que estamos em uma guerra silenciosa e pelo visto você não sabia que estava dentro dela.

- Céus. Isso não pode estar acontecendo, eu não sou mais um soldado, não sou mais dos Subjugadores. Eu não tenho nada haver com as batalhas de domínios sobre  territórios desses cachorros grandes.

- Lamento, Anna - Responde Branco com sinceridade.

- Eu não - Diz Juarez esboçando um sorriso enquanto retira os óculos revelando que no lugar de seus olhos existem próteses robóticas que se iluminam no instante que as luzes se apagam.

A HORA ZEROOnde histórias criam vida. Descubra agora