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Pov. Isabella

Eu estava junto com Elisa no restaurante do Lorenzo brincando com o macarrão que eu havia pedido. Elisa só me observava em silêncio, ela sabe que eu estou perdida em meus pensamentos. Eu estava pensando se eu tinha feito algo de errado, já que toda a manhã Matt não me dirigiu nenhuma palavra, nem se limitou em me dizer um bom dia e não pude deixar de ficar triste. Nós dois mal chegamos de um final de semana maravilhoso juntos e agora que estamos aqui, ele age comigo de uma forma muito distante, algo que sem dúvida dói o meu coração.

O meu rosto está apoiando na minha mão e com o olhar perdido em minha comida.

- "Isa... você está bem?" - Elisa perguntou.

- "Sim... não...eu não sei Elisa." - eu olho para ela. - "Não sei o que está acontecendo, não consigo entender. Um dia Matt está com ciúmes, no outro ele é muito romântico, me beija e no dia seguinte, ele está completamente distante e agora estou me sentindo uma idiota." - digo pergunto abaixando a cabeça.

- "Nem eu estou entendendo o Matt. Pensei que e depois deste final de semana vocês dois ficariam mais conectados, mas não sei o que está pensando o idiota do Matt...se você quiser eu posso ter uma conversa com ele." - ela oferece mas eu neguei.

- "Não Lis... acredito que terei que colocar uma pequena divisão entre nós... não quero que os meus sentimentos fiquem mais confusos do que já estão e acima de tudo, não quero sair machucada disso." - olhei para a janela.

Pagamos a conta e saímos do restaurante, sai com o estômago totalmente vazio. Me desculpei com Lorenzo por não ter provado o prato do dia e lhe disse que não estava me sentindo bem.

Caminhamos para a empresa, como sempre Elisa segurava o meu braço. Ao chegarmos em frente a empresa, vimos Adam e Matt, o último desviou o olhar quando olhei pra ele e eu entrei na empresa terrivelmente triste.

[...]

Chegou a hora da saída e eu estava guardando o último arquivo em uma pasta. Novamente Matt não me dirigiu a palavra durante toda a tarde, e decidi não incomdá-lo talvez Matt precise de tempo para refletir sobre tudo o que está acontecendo.

Vi que Matt estava arrumando as suas coisas e foi embora sem se despedir. Apoiei a minha cabeça sobre a mesa e deixei algumas lágrimas rolaram pelas minhas bochechas, mas as limpei imediatamente ao sentir uma mão tocando o meu ombro.

Quando olhei para cima e vi que Alex estava atrás de mim.

- "Você se sente bem Isa?" - Alex perguntou, o seu tom de voz parecia preocupado.

- "Sim Alex, estou bem." - digo respirando fundo.

- "Sabe que você pode falar comigo sobre o que quiser." - ele disse e eu assenti.

- "Sim eu sei, mas eu estou bem não se preocupe... Eu tenho que ir, já está tarde." - dei a ele um sorriso forçado.

Peguei as minhas coisas e antes que Alex pudesse falar mais alguma coisa, fui para o elevador com passos apressados.

Quando sai da empresa, me encontrei com Matt, ele estava encostado em sua moto e me observando com um olhar triste. Saí sem dizer nenhuma palavra a ele e comecei a caminhar, mas me detive ao sentir que uma mão segurava o meu braço.

- "Temos que conversar." - Matt diz.

- "Estou cansada... quero ir embora." - me soltei mas novamente ele me deteve.

- "Por favor Isa?" - eu me virei bruscamente.

- "Agora você quer conversar?... Depois de não ter me dirigido nenhuma palavra durante todo o maldito dia, nem ao menos se limitou a me dizer bom dia ou olhar para minha cara... Me diz Matt qual é o seu problema? Um dia estamos próximos, no outro você se irrita e no outro está totalmente distante... sem dúvida eu não te entendo!" - cruzei os braços com lágrimas nos olhos.

- "Estou... confuso." - Matt disse em voz baixa.

- "Confuso...?" - eu o questionei.

- "Perdão Isa... não é fácil o que estou passando neste momento." - ele desvia o olhar.

De repente, um táxi parou perto de nós e dele desce uma garota com um aspecto despreocupado.

- "Matt!" - ela chama se aproximando de nós. - "Desculpe a demora." - ela fica atrás dele.

- "Poderia me esperar por 5 minutos Liana?" - Matt pediu a ela e a garota apenas assentiu se aproximando da sua moto.

- "Não se preocupe eu já estava indo... não se desgaste me dando explicações, afinal eu e você não somos nada além de colegas de trabalho." - digo friamente e dou a volta e começo a ir embora.

- "Isa! Isabella me escuta!" - ele me chama novamente e a garota se aproxima dele.

- "Deixa ela Matt." - a tal de Liana disse o segurando pelo braço.

[...]

Eu só queria chegar no meu apartamento o mais rápido possível, eu sentia um nó horrível que havia se formado em minha garganta.

Quando chego na frente da entrada do edifício onde eu moro, um carro para na minha frente.

- "Isa!" - Adam que me chamava e me virei para ele limpando as minhas lágrimas.

- "Aconteceu alguma coisa Adam?." - perguntei um pouco cabisbaixa.

- "Eu sei o que o Matt fez... Eu só vim para saber se você estava bem." - ele diz e eu neguei.

- "Não Adam...eu não estou bem, me sinto uma idiota iludida com algo que nunca vai acontecer." - digo começando a soluçar.

Adam sai do carro, se aproxima de mim e me abraça. Eu rrealmenteme sentia muito mal.

Fiquei assim durante alguns minutos, apenas chorando com o rosto enterrado no peito de Adam. Me separei do Adam um pouco envergonhada pela minha ação.

- "Sinto muito Adam, eu realmente precisava desabafar." - desviei o olhar.

- "Não se preocupe Isa, sei que você precisava. Nunca é bom ficar guardando essas coisas."

- "Obrigado Adam, de verdade você é um cara legal."

- "Preciso ir Isa, tenho ensaio com a banda, se precisar de qualquer coisa me liga." - ele diz depois de me dá um beijo na testa e eu apenas assenti.

- "Tudo bem, se cuida." - me despedi dele, Adam entrou no seu carro e eu subi para o meu apartamento.

[...]

Estava sentada no sofá segurando os meus joelhos com as duas mãos repassando as palavras de Matt.

* - "Estou... confuso." - Matt disse em voz baixa." *

Coloquei a minha cabeça sobre os joelhos, eu tinha acabado de beber uma garrafa de vinho, eu só queria poder esquecer de tudo o que estou sentindo...

Meu Querido Colega de Trabalho (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora