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Pov. Isabella

Em questão de minutos chegamos ao hospital. Rapidamente fui até a recepção e lhes dei o nome do meu pai, eles me disseram que estava na emergência.

Caminhamos até a emergência e vi o meu pai, ele estava com a mão no rosto e dava para ver que ele estava chorando.

- “Papai...” - eu me aproximei dele a passos lentos.

Meu pai levantou o olhar e vi que seus olhos estavam vermelhos. Fui pra perto dele e o abracei fortemente, não pude evitar de derramar algumas lágrimas.

- “Me diz...o que aconteceu, papai?” - eu olhei diretamente nos seus olhos.

- "Cheguei em casa...e encontrei sua mãe inconsciente no chão do quarto. Eu tentei acorda-la de diversas formas mas simplesmente ela não reagia. Entrei em pânico e chamei uma ambulância e desde que chegamos aqui, não me deram nenhuma notícia sobre ela.” - meu pai diz limpando as lágrimas.

- “Calma papai, vai ficar tudo bem.” - digo e ele negou.

- “Não filha...nada vai ficar bem. O maldito vício em álcool está matando a sua mãe. Desde que você foi embora seu vício aumentou, ela tem tido muitas recaídas, eu disse a ela em muitas ocasiões que isso ia acabar com a vida dela algum dia e ela não me escutou.” - ele diz.

Um médico se aproximou de nós, quando olhei para o seu rosto, vi que sem dúvida ele não tinha boas notícias para nos dá.

- “Você é o esposo da senhora Montanare?” - o medico pergunta e meu pai assente.

- “Me diga o que aconteceu com minha esposa, doutor?...Diga-me que ela está bem!” - meu pai disse e o doutor negou com a cabeça.

- “Temo dizer lhes isso mas...a senhora Montanare faleceu.”

Suas palavras foram como umas fortes bofetadas em minha face. E vi o meu pai romper em um choro terrível.

- “Sinto muito...meus mais sinceros pêsames.” - o médico  diz e se vai.

O que foi que eu fiz de tão ruim para merecer isso?

Por acaso minha vida se resume em rir por alguns segundos e chorar durante anos?

Minhas lágrimas rolaram por minhas bochechas, abracei meu pai fortemente, soluçando como uma criança pequena...como sua garotinha. 4 longos anos sem voltar a vê-los por orgulho, por me sentir traída e enganada, e agora quando volto a vê-los, descubro que a minha mãe faleceu.

Meu pai estava descontrolado, umas enfermeiras e médicos vieram e aplicaram um calmante nele para evitar que ele passasse mal e o levaram ele quase inconsciente.

Eu me sentei em uma das cadeiras da sala de espera, Elisa me abraçou, minha amiga também chorava igual a mim.

- “T-tudo isso é tão... doloroso, o homem que eu acreditava que me amava me traiu e agora perco a minha mãe...? O que foi que eu fiz de tão ruim nessa vida?”

Elisa não sabia o que dizer, ela simplesmente permanecia calada ainda me abraçando.

Elisa sabia exatamente do que eu precisava nesse momento.

Meu Querido Colega de Trabalho (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora