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Pov.  Isabella

O resto da minha semana tem sido um pouco complicada por causa dos meus malditos sentimentos.

Matt tem ido ver Matthew com muita frequência e não posso evitar que cada vez em que o vejo meu coração acelera de uma forma inexplicável.

Esses malditos sentimentos voltam a cada dia mais, chega a um ponto que me desespera totalmente, me sinto realmente mal por Adam, tenho uma relação com ele, mais ainda gosto de outra pessoa e isso é muito injusto com Adam, que ganhou com muito esforço e dedicação, o meu carinho, em troca Matt só chegou dizendo palavras bonitas.

Eu estava trabalhando, eu tinha que terminar um projeto que Edward me passou, faz três dias que por sorte está sendo menos pesado, graças a ajuda da minha colega de trabalho que ocupa o posto que Matt ocupava anteriormente.

- "Vou buscar um café Isa, você quer vir?" - Carly me pergunta e eu assenti.

- "Sim claro." - me levantei da minha cadeira.

Caminhamos conversando até chegar na sala de descanso, fomos até a máquina de café e me servi de um capuccino como de costume. Esperei um pouco para que Carly se servisse do seu.

Por pura curiosidade, olhei para a entrada da sala e o café quase cai das minhas mãos, ao ver Matt entrando com Adam conversando.

Senti como se meu corpo tivesse virado pedra, minha respiração ficou entrecortada e meu coração parou por um momento.

- "Isa...Isa. você está bem?" - Carly diz  colocando a mão na minha testa.

- "É que...meu ex...voltou a trabalhar na empresa."

- "Com razão você ficou assim...não me diga que ele é o cara que entrou com o roqueiro?" - ela perguntou e eu assenti levemente.

- "Sim é ele. Agora eu não só tenho que lidar com ele por meu filho...mas também aqui na empresa." - isso fez eu me sentir incômoda.

Voltamos para as nossas mesas e nos sentamos.

- "Verdade?" - ela me olha.

- "Você não imagina o quanto." - comecei a teclar no meu computador.

[...]

Não sei o que Matt pretende, mas sem dúvida, ele fica me seguindo com o olhar por toda a empresa.

Para minha sorte o colocaram a 2 mesas da minha, mas eu podia sentir o seu olhar a todo momento sobre mim. Isso era um pouco incômodo na verdade.

O andar estava quase vazio, era hora do almoço e pedi para que Elisa que fosse na frente para o restaurante do Lorenzo, que eu chegaria 5 minutos atrasada, já que faltava pouco para terminar o projeto. Quando terminei o que eu tinha pra fazer, peguei a minha bolsa, meu celular e caminhei para o elevador.

Entrei no elevador e as portas estavam prestes a se fechar, mas novamente se abriram. E para minha surpresa, a pessoa que entrou no elevador. Foi Matt. Eu suplicava mentalmente que chegasse alguém mas não foi assim, tinha que esperar 18 andares abaixo para poder sair desse pequeno espaço.

Fiquei em um dos extremos do elevador, olhando para os números dos andares e colocando muita pouca força de vontade para me virar para vê-lo.

- "Olá." - Matt disse de repente.

- "Olá." - digo em um tom temeroso.

- "Como você tem estado?"

- "Eu suponho que bem, e você?"

- "Também... E o Matthew?" - eu o olhei como se dissesse  E sério? Dle viu nosso filho ontem à noite e agora me pergunta por Matthew.

- "Está na casa da Marcela, irmã do Jeremy." - eu me limitei a responder.

- "E Adam?" - Matt pergunta me fazendo olhar pra ele.

- "Porque você me pergunta pelo Adam? Se você e ele entraram juntos há algumas horas na sala de descanso." - eu cruzo os braços.

- "Como Adam e você estão?" - ele ignorou a minha pergunta.

- "Acredito que isso não te interessa." - eu olhei para frente.

- "Claro que me interessa, eu quero saber como é o seu relacionamento." - ele diz.

- "Não Matt, você não precisa saber de absolutamente nada sobre minha vida pessoal. Você só tem que se preocupar com Matthew, só ele deve te importar. Nós dois terminamos há muito tempo, agora se me permite vou ficar nesse andar." - digo aborrecida.

Me aproximei da porta do elevador, só faltavam 5 andares para chegar na recepção, apertei o botão para abrir a porta do elevador, mas Matt havia segurado minha cintura.

Matt imediatamente apertou o botão de bloqueio das portas e o elevcador não voltaria a descer, até apertar o botão de volta.

- "O que você pensa que está fazendo Matt?" - eu o olhei com o cenho franzido.

Retrocedo um pouco até chegar na parede do elevador, fiquei um pouco tensa ao sentir o metal frio em minhas costas, mas queria me manter o mais afastada de Matt possível.

- "Você realmente sente algo por Adam?" - Matt me olha fixamente nos olhos.

- "Sim Matt, eu gosto do Adam."

- "Só gosta dele?" - ele levanta uma sobrancelha.

- "Porque você está fazendo essa maldita pergunta? Como te disse a minha vida não te interessa." - digo.

Matt estava me deixando estressada com tantas perguntas.

O empurrei seu peito com ambas as mãos para que ele se afastasse de mim, mas Matt segurou os meus pulsos os colocando em cada lado da minha cabeça.

- "Você pode gostar dele, mas eu sei que você ainda me ama, que ainda não esqueceu nossos beijos, das minhas carícias, dos meus abraços. Você ainda não esqueceu nada do que vivemos." - ele diz aproximando o seu rosto do meu.

- "Você está errado Matt, disso eu me esqueci faz muito tempo."

- "Então diga que não me ama!!" - ele me pressiona.

- "Eu não te amo! É isso o que você queria escutar?" - eu tentava me soltar dele.

- "Seus lábios pode dizer isso, mas seu coração disse outra coisa. Eu sei que você ainda me ama, tanto como eu amo você e vou te provar isso."

- "Que?..." -

Matt havia diminuído a distância entre nós. Colando os seus lábios contra os meus, eu tentava me soltar mas não conseguia. Eu tinha o seu corpo emprenssando o meu, minha respiração estava cada vez irregular com o movimento dos seus lábios.

Dei um forte pisão no seu pé, fazendo ele se queixar um pouco e se afastar de mim. Me sentia realmente irritada, os meus sentimentos começaram me invadir não pude aguentar mais e as lágrimas e lhe dei uma forte bofetada.

- "Você é um idiota Matt!"

Saí rapidamente do elevador como coração praticamente saindo pela boca.

Corri para fora da empresa e fui me encontrar com Elisa, ele estava me esperando do lado de fora do restaurante do Lorenzo.

Quando ela me viu chorando, ela se aproximou de mim preocupada. Não pude evitar de abracá-la, minha mente e meu coração estavam totalmente confusos.

Meu coração pedia mais de Matt e minha mente fazia eu me sentir culpada por estar enganando a mim mesma com o Adam...

Meu Querido Colega de Trabalho (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora