Um amor além de flashes

Livro 2 - Capítulo 46

Capítulo 100! Em comemoração e agradecimento pelos mais de 67 mil leituras. <3

Helena

Saber que seu casamento foi uma das notícias mais comentadas do fim de semana era demais para minha cabeça. Minhas redes sociais estavam transbordando de comentários e fotos sobre o grande acontecimento.

Li palavra por palavra dos sites de fofoca que sempre espio por puro masoquismo, já que a mentira rola solta por lá. Até que não tinha coisas muito espalhafatosas mas sempre exageram no preço da festa e do meu traje.

Como em toda fofoca de casamento há quem fale da lua de mel. Não me importo que tenha sido curta de apenas um fim de semana, me importa mais os momentos que eu e Henrique passamos naquele chalé.

A vida de casado é mais diferente do que eu pensei. Pensei que eu e Henrique ficaríamos mais regrados e engordando com o tempo mas ainda bem que Henrique continua sarado e eu engordando somente por causa da gravidez.

Falando em gravidez meu caso esta ficando delicado. Tomo injeções uma vez por semana para minha placenta continuar sendo uma bolha confortável para meus filhos. Me dói e muito cada picadinha de dez segundos e depois quando entro no carro para ir embora capoto por causa do sono repentino que me dá.

A cada dia que passa parece que tudo fica mais bagunçado, o que é totalmente avesso do que eu estava planejando após me casar. Minha mãe me liga três ou mais vezes por dia o que era antes uma vez ao dia e em uma ligação rápida. Alice está mais nos nervos do que eu, tão mais apavorada do que eu. Henrique trocou seus lindos e caros carros esportivos de luxo por dois SUV's: Uma Porsche e uma Land Rover.

Tudo bem que os carros são lindos e caros mas não consigo ver Henrique de Ray Ban aviador em um grandão desses. Essa foi a parte em que me senti mais tocada. Eu gostava dos carros esportivos e eles faziam parte do meu cotidiano de "reconquistando a mocinha sem memória". Os carros me deram ótimas lembranças de uma mente apagada e eu associava Henrique a eles. Associava toda a sua arrogância e idiotices naqueles malditos carros vendidos e agora tudo se apagou. Senti que ele ficou cabisbaixo quando a Lamborghini preta foi embora por último em um guincho. Sei disso porque fiquei da mesma forma.

Henrique estava prestes a ganhar mais um premio mundial, seria seu segundo prêmio e se ganhasse seria consecutivo. Os jornais o chamavam de foguete ou algo que pudesse ser tão veloz e brilhante do mesmo jeito que ele era em campo e lá ele não parecia triste em não ter mais os esportivos de luxo.

Comecei a ir com mais frequência ao obstetra, o terceiro desde minha gravidez. E não era porque ele era o terceiro que eu começava a me esperançar. Minhas dores aumentaram, estou vinte e quatro horas inchada com meus pés parecendo dois pães. Procuro sair de casa sempre de vestido longo para não mostrar meu exagero de gestação. Aos quase seis meses eu estava explodindo.

Henrique

Eu queria gritar aos sete ventos, mas não podia. Queria socar meio mundo, mas não poderia porque seria preso em questão de minutos por saberem quem eu sou. Fecho-me por pelo menos uma hora na minha academia que é a hora que Helena esta fazendo seus alongamentos.

Não consigo balancear meu estado de decadência e felicidade. Minha felicidade se resume em três surpresinhas que vão aparecer daqui a pouco tempo e minha decadência possivelmente seria depois dessas surpresinhas virem a vida.

Perder Helena estava fora de cogitação desde que soube que eu a amava, desde a primeira vez que ela fugiu ou caçoou da minha cara. Soco mais uma vez o saco de Box com força, sentindo meus músculos vibrarem. Foda-se a dor.

A indicação para o prêmio do melhor jogador do mundo pela Fifa caiu com uma luva não só para mim mas pelo menos para aliviar a tensão em que estávamos nos últimos dias. Helena ficou radiante quando soubemos através de Alan, acho que fazia algum tempo que não sorria daquele jeito menina.