Capítulo 37

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Do calor quase escaldante do verão de Barcelona para o frio inverno de Porto Alegre foi sentido em meu corpo e humor, ainda mais porque estava bastante frio e eu obviamente prefiro sol e calor.

Mas o fato de rever os pais de Henrique e de Alice faz com que valha muito meu esforço para mudar de humor. Eu sentia muitas saudades deles e sentia muita a falta de passar horas conversando com Alice.

Os Belmontt já sabiam que estávamos na entrada da garagem. Nem tínhamos chegado a porta da frente e Alice a abriu freneticamente com seu jeito se sempre e seu habitual sorriso branco.

– AAAH ai estão vocês. – Alice apertou primeiro Henrique depois a mim.

Após eu cumprimentar Flávia perguntei sobre meu sogro e ela me disse que ele estava em uma reunião para resolver o caso em que Henrique socou a cara do pobre homem semana passada na boate. Eu não sabia que o pai dele também era seu advogado.

Após entrarmos no antigo quarto de Henrique, cujo eu dormi quando visitei seus pais pela primeira vez, larguei minhas coisas em um canto e me atirei na cama que não era tão grande como a de Barcelona, porém é muito confortável. Henrique ficou de pé me observando enquanto eu estava esparramada pela cama inteira.

– O quê? – Pergunto. – Onze horas de voo sem conexão também cansa sabia? – Dou-lhe um sorriso sarcástico cansado.

Ele simplesmente deita no pequeno espaço que ainda havia e ficamos em silêncio por um bom tempo.

Desta vez viajamos em um avião convencional, primeira classe é claro. Quando Henrique deu a ideia do jatinho eu recusei na mesma hora porque eu não queria mais chamar a atenção, já que a foto que eu postei ontem gerou mais notícia que o anuncio global da Nasa e também tem a boa nova claro: "A namorada que desfila com o carrão do jogador por ai". Ele estava junto, droga! – Deixei essas fofocas sem noção de lado, portanto eu queria mesmo um pouco de sossego longe de paparazzi, jornalistas mentirosos, apostas que eu perco, gente abusiva e todo o combo que veio junto depois que eu e Henrique começamos a namorar.

De tão cansada adormeci e pelo que parecia escutei Henrique me chamando para jantar só que estava tão bom deitada e disse que não.

Desperto sem o mínimo de preguiça e bem carregada. Me viro e vejo Henrique sem camisa encostado na cabeceira da cama mexendo em seu tablet parecendo um deus grego, meu deus grego.

– Bom dia minha linda. – Ele abre o mais sorriso do mundo.

– Bom dia. – Levanto rapidamente e lhe dou um abraço.

– Que bom que alguém acordou feliz. – Ele me abraça de volta cheirando meu pescoço.

– Eu amo acordar e ver você do meu lado. – Isso era a pura verdade e eu ainda não estava acostumada ver ele do meu lado. Quando eu dormia em sua casa em janeiro e também na semana passada ele tinha que sair muito cedo para ir treinar.

*

O dia foi literalmente das mulheres. Flavia não aguentou tantos rodeios no shopping e foi embora antes de nós para passar no supermercado para comprar os ingredientes do jantar.

Compramos duas vitaminas de morango para nós e sentamos em um canto um pouco isolado da praça de alimentação. A euforia dela me dizia que ela estava louca para explodir e me contar sobre Fernando, seu namorado.

– Ok, conta logo. – Falei logo que nos sentamos. Já comecei a beber minha bebida porque sei que a história é grande.

– Ai Helena ele é um máximo. A gente se conheceu na academia e logo de cara bateu aquela energia, uma grande conexão entre nós.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora