Capítulo 46

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São Pedro ouviu minhas orações ou minhas macumbas porque para minha alegria parou de chover e o clima esta ameno. Eu ainda gosto de curtir o réveillon no calor, usando regata branca ou um vestidinho branco. Bom como nem tudo são rosas, coloquei uma, clássica, regata branca de seda que tinha pequenos brilhos ao redor, uma calça jeans leve azul Royal e meus saltos altos nude. Meu cabelo é uma coisa a parte, apenas o alisei por completo e seja o que Deus quiser.

Me senti... Sensual e não com a cara de menina que tenho na maioria das vezes. Repasso meu gloss rosa claro e saio do meu quarto para encontrar Martina.

Se eu me senti sensual eu nem sei o que dizer de minha amiga. Ela também estava com uma regata porém toda de paetês dourada e uma calça justa branca e sandálias também douradas.

– Uau, ta gata. – Digo analisando-a dos pés a cabeça.

– Gata? Espero que isso seja um elogio em seu país. – Esqueci que aqui a gíria gata quer dizer o felino propriamente dito.

– Não se preocupe quer dizer linda demais ou às vezes gostosona. – Sorrio.

– Assim espero porque este ano é meu ano do amor. – Ela faz um beicinho.

– Ah mas você com certeza vai conseguir um amor em um estalo de dedos. – Estalo meus dedos.

– Assim espero porque cada um tem seu ano não é. – Ela faz uma cara que me lembra de Alice. Já sinto falta dela e de suas piadas subliminares sobre minha vida amorosa. – Você está linda. – Ela diz por fim. – Aquela dança de salto alto faz bem para o corpo, vou dar um jeito de praticar também. – Agora ela está me analisando dos pés a cabeça.

– Aqui. – Ela pega duas pulseiras douradas cheias de glitters. – Nossas entradas, somos Vips esta noite e a bebida é liberada. – Balanço os braços em comemoração.

– Então vamos festejar a entrada do nosso ano. Ao trabalho e ao amor. – Ela aperta a minha mão.

– Ao trabalho e ao amor. – Ela repete comigo.

Era quase dez da noite quando chegamos ao famoso Dri's. Quando Martina falou que era um club super badalado pensei em algo que abriu recentemente e não o Dri's onde eu vi Henrique pela primeira vez.

Eu me abaixei um pouco para que ninguém nos fotografasse.

– Helena você está exagerando. – Martina estaciona em uma vaga pequena seu carro bordo. – Já pode descer do carro não há ninguém no estacionamento.

Desço do carro de dou de cara com um Audi R8 azul com detalhes em preto quase da mesma cor da minha calça. Ajeito minha roupa ainda olhando para o carro.

– Talvez você consiga ir embora num desses daqui a pouco. – Olho para ela e mostro a língua, não é muito maduro mas ela foi irritante e mereceu.

– Eu apenas gosto de carros esportivos e daí? –Dou de ombros e pego minha pequena bolsa preta. – Vamos logo tem bebida esperando a gente. – Aponto para a porta de entrada na lateral.

E como eu já tinha previsto lá dentro estava lotado e muito abafado. A música já tocava alto e as pessoas já estavam dançando. Como o amigo de Martina não conseguiu folga será somente nós duas esta noite.

Nossa mesa ficava um pouco distante do bar e já não gostei muito, eu odiava depois de dançar e ficar seca de tanta sede ainda ter que me deslocar tanto para pegar algo para beber mas, tudo bem, é noite de ano novo e eu não posso começar um ano com um pensamento mesquinho de pura preguiça.

Pegamos nossas primeiras bebidas e optamos por começar apenas com energéticos ainda estávamos com dor de cabeça pelas cervejas daquela noite. Eu nunca tinha falado tanta besteira quanto naquela noite e meu principal assunto foi Henrique. Acho que meu terceiro pulinho de pedido será tirar ele da minha cabeça de uma vez por todas.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora