Capítulo 38

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– Acorda dorminhoca. – Henrique me desperta com vários beijinhos em meu rosto e pescoço. – Me viro e dou de cara com ele sorrindo, de banho tomado e de novo sem camisa. – Olá, bom dia. – Não consigo respirar quem dirá falar alguma coisa. – Bom, já que hoje você acordou muda trouxe seu café da manhã, na cama.

Olho para a enorme bandeja de madeira ao meu lado. Arregalo os olhos para ele em agradecimento. Há pães, queijo, meu iogurte favorito e também suco que parece de melão, amo suco de melão.

– Ai meu deus, obrigada. – Abro um enorme sorriso para ele.

– Se eu soubesse que café na cama faria você falar de repente e abrir esse sorriso lindo eu teria feito isso mais vezes

– Para com isso. – Dou um tapinha de leve. – Vem senta aqui e coma comigo.

Conversamos sobre a volta de seu pai e como o caso se resolveu perfeitamente bem por causa da competência dele.

O dia como era de se esperado estava muito, muito frio. Vou até minha mala e me xingo demais mentalmente. Droga Helena, com um closet daquele tamanho em Barcelona você poderia ter trazido pelo menos um casaco mais quente.

– O que foi? – Henrique volta ao quarto depois de ter ido ate a cozinha e deixado a bandeja vazia por lá.

– Não trouxe roupa suficiente. – Olho sem saber o que fazer para ele. – Alice está em casa?

– Bom eu acompanharia se você quisesse mas, já que você quer a companhia dela por mim tudo bem. – Olho para ele, no primeiro instante sem entender nada mas depois entendo na hora.

– Não quero comprar um agasalho. – Olho incrédula para ele.

– Não?

– Não! Eu ia pedir um emprestado. – Começo a rir da nossa confusão e loucura e ele começa a rir em seguida.

– Tem certeza porque nós podemos sair se você quiser. – Ele aponta para a porta atrás de nós.

– Ah não sei, acho que posso pedir um emprestado. – Coço a cabeça um pouco sem jeito.–Garanto que ela deve ter uns duzentos casacos. – E o pior é que estou com meu dinheiro no limite até porque daqui a duas semanas eu começo na faculdade então, meu único lema é economizar.

– É por causa do dinheiro? – Ele parece sério agora.

– Éé, não. – Minto. – Sim. – Confesso logo em seguida.

– Helena com o salário que eu ganho por mês eu poderia comprar no mínimo duas fábricas de casacos. De marca. – Ele demonstrava agora seu lado arrogante. – Agora eu vou puxar você pelo braço. – Rio porque ele sabe exatamente que eu não gosto de ser surpreendida com isso. – E vamos sair já.

– Ok, mas ao menos me empreste um de seus casacos.

Ele da meia volta e abre uma de suas antigas gavetas e pega um moletom do time do grêmio e atira em mim. Olho para ele brava.

– Nem ferrando que eu vou vestir isso. – Atiro de volta para ele e finjo que limpo as mãos. - Prefiro morrer de frio.

– Não exagera. – Ele revira os olhos. É a primeira vez que o vejo fazer isso. Ele então me atira um moletom cinza da Nike.

– Melhor? – Ele me pergunta enquanto saímos pela porta do quarto.

– Muito. – Apesar de ser um pouco grande é melhor do que vestir um agasalho do time rival. Eu rio e ele parece com um sorrisinho dizendo que esta se divertindo.

Era três horas da tarde, ou quase isso e ainda não entramos em nenhuma loja do shopping, já que chegamos a duas horas atrás. Não conseguimos nem caminhar direito pelo tanto de gente que vem para tirar fotos e autógrafos. É até engraçado pois as pessoas sabem quem eu sou, bom, pelo menos o meu nome e ficam sem graça quando vem falar com a gente e por fim acabo virando a fotografa, pelo menos fotografar do que ser fotografada.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora