Livro 2 - Capítulo 12

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Mas agora eu suponho 

Que esse é o lugar onde devemos ficar

Será que você se arrepende

De ter sempre segurado minha mão?

Nunca mais

Por favor, não se esqueça

Não se esqueça

Don't Forget - Demi Lovato

*

A igreja da sagrada família me deixou estática. A arquitetura e a sensação de estar ali aqueceu mais ainda meu sonho de me casar um dia. Nunca tinha visto uma igreja tão grande e tão linda, que mais parecia um castelo.

– Estou cansada. – Tiro mais uma foto de Alice com a paisagem de Barcelona logo atrás.

– Estamos caminhando há duas horas. – Ela confirma com o relógio caro. – Henrique falou para não cansa-lá tanto. Falhei. – Ela da de ombros brincando.

– Você é péssima para executar missões. – Rio e ela faz uma careta para mim.

– Nem tanto, você está adorando nossos passeios. – Faço uma cara pensativa. – Qual é! Pelo menos diga a ele que está gostado. – Ela finge implorar.

– Eu farei isso porque estou amando passear com você. – Ela me da um olhar agradecido e me abraça.

– Bom mesmo. – Rimos juntas desta vez.

*

Ligo mais uma vez para minha mãe. Desde que minha família foi embora há dois dias um vazio ficou dentro de mim. Minha mãe fala as coisas de sempre, que os negócios estão bem e que tudo vai se resolver comigo.

Ligo o chuveiro e coloco minha toalha no gancho ao lado do Box e deixo a água quente transbordar pelo meu corpo permitindo que me leve também todo o cansaço pela eminente confusão em minha cabeça. Coloco o xampu para cabelos secos rindo da ironia da vida.

Estendo o braço e enrolo a toalha branca e felpuda em volta do meu corpo. Levo um susto pela porta sendo aberta.

– Você me assust... – Impossível completar minha fala. Henrique estava na minha frente sem camiseta e sua calça estava com o botão e o zíper abertos.

– Admirando? – Ele da aquele sorrisinho idiota e pega uma toalha em baixo da pia.

– Não. – Digo emburrada segurando firme a toalha em mim com medo de que ela caia. – Não faça mais isso, não entre sem bater.

– Eu bati e acho que você não escutou. – Ele passa por mim pendurando sua toalha onde anteriormente estava a minha.

Observo-o atentamente seus movimentos. Então ele começa a tirar a calça.

– Eu ainda estou aqui. – Falo ainda observando suas costas.

– Eu sei, e vou gostar se estiver me olhando. – Ele me encara e minhas bochechas queimam.

– Você é um tarado, sabia disso? – Pego minhas roupas sujas em cima da pia e vou em direção a porta.

– Não finja que não esta gostando de olhar. – Ele abaixa as calças e me viro rapidamente.

– Seu pervertido. – Ele ri. – Não se pode nem tomar mais banho em paz.

– Eu não sabia que você gostava de paz no banho. – Diz com arrogância e humor.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora